Esse deveria ser o nosso Brasil. Ei, voltar lá, acho que não - TopicsExpress



          

Esse deveria ser o nosso Brasil. Ei, voltar lá, acho que não sei Não sei se foi verdade ou se sonhei Sei que foi lindo ver crianças se divertindo Pessoas se cumprimentando sorrindo Elas nunca partiam, se ausentavam Passava o tempo, mais experiente voltavam O anjo da vida havia vencido o vilão Todos sabiam, a Bíblia tinha razão Os rios cristalinos, espetáculo visual, divino! Flores, figos nas margens colhidos Nas avenidas quando os sinais fechavam Os vidros se abriam todos se congratulavam Idosos em casa, crianças na escola O salário do trabalho não era esmola Cada pessoa, todo ser valorizado, intrigas deixadas de lado Sucos de cajá, umbu e graviola, faliu a poderosa Coca Cola E o que é melhor, sem causar desemprego Agricultura, pecuária não eram segredos Geladeiras cheias, abarrotadas Difícil era manter as portas fechadas Engraçado, não vi chaves nem cadeados Bancos, senadores, presidentes, deputados Uma única lei, termina a sua, começa a minha vez Diversão para todos sem distinto Altos parques, altos bares, altas boates O que é aquilo? As pessoas raramente mandavam cartas Matavam a saudade indo a pessoa amada Bibliotecas abertas emergências fechadas Mensagens de paz escritas nas fachadas Muitos leitores, nenhum paciente Letras, só as produtivas conscientes Fumo, só o de corda vindo da fazenda E mesmo esse não era fonte de renda As pessoas encaravam os problemas de frente Dominavam a força interior existente Também não vi armas brancas nem de fogo Pistolas d¿água encharcavam todos após o jogo Sem perdedores, sem vencedores A água da pistola, o arco íris, lindas cores Cientistas trabalhavam com tranqüilidade Invenções não eram usadas contra a humanidade Favelas, cortiços, saneados e urbanizados Cada qual com o seu; nenhum era alugado Morar lá ou em outro lugar sem diferença Fartura entrava sem pedir licença Todos eram cidadãos, nenhum analfabeto Sem divisão, sem fronteiras um só dialeto Confesso não vi choro nem sofrimento Vi respeito pelo condutor do jumento Nos olhos do abridor de fossa vi esperança Em cada plantador da roça uma criança Estou sonhando? Pensava me acordem Quero contar ao meu mundo essa nova ordem Onde não se compram endereços se conquista o lar Sonhando descobri onde podemos chegar Acordei e não consigo mais me conformar Onde estamos não podemos ficar Conto essa história às pessoas acham o cúmulo Rua sem nome, barraco sem número
Posted on: Thu, 22 Aug 2013 23:21:34 +0000

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