Esse é um recado sem endereço certo... Na verdade, é mais um - TopicsExpress



          

Esse é um recado sem endereço certo... Na verdade, é mais um desabafo depois de ver, mais uma vez, colegas um tanto desanimadas, por acreditar que estão sozinhas nesse momento... Depois de sete anos numa determinada escola, pedi remoção para outra mais próxima de minha casa – já que há muitos anos não contava com o ‘impossível acesso’ e estou muito feliz, por fazer parte de um local com mais recursos que a maioria das unidades educacionais e por ter no meu grupo, pessoas tão sérias e comprometidas. Mas, apesar de estar num grupo coeso, vi poucas participações dos meus pares em nossas assembléias e agora, em nossa ocupação. Apesar de poucos, estavam presentes. Mas, do grupo de administrativos e agentes educativos não tinha visto NINGUÉM, o que, apesar de ser historicamente perceptível, sempre me deixou incomodada, por entender que do portão a direção, somos todos educadores. Por essa razão, foi com alegria ímpar que vi minha colega Divina, que em conversas internas, declarou sua descrença em greves ( e por isso, votou contrária a mesma) e que, apesar disso, passou dois dias inteiros na nossa ocupação, motivada por relatos de colegas. Foi muito gratificante vê-la por lá, parece que meu ânimo foi restaurado! E então, conheci a Lúcia, outra simpática funcionária administrativa que mostrou-se tão atuante e politizada nos encontros que se seguiam e que, por vezes me contagiou com sua empolgação (e fôlego) mas que hoje, ao pedir vez ao microfone, deu mostras de cansaço e desilusão. Fiquei bastante triste com essa fala... Se dizia inconformada por ser tão poucos a lutar com ela, que era motivo de vergonha perceber nos professores uma luta que não era deles... E naquele momento, apesar de tão próximas fisicamente, não consegui verbalizar nenhuma palavra de conforto, sua tristeza me abateu. Já em casa, pensei sobre o episódio e cheguei numa conclusão: Estou na rede há quase 14 anos e nunca vi uma greve como essa. Há muitas pautas, infinitas reivindicações, discursos inflamados, mas, por mais incrível que isso possa parecer, há uma harmonia embrionária. E fazendo uma autoavaliação, jamais fui como hoje aprendo a ser: nunca fui tão atuante, nem tão apaixonada... Nunca acreditei tanto numa mudança como agora. Sinto que meus apelos encontraram eco e vejo que isso é sim, resultado muito mais do que vi outros fazerem por mim, do que o contrário. Hoje em dia percebo que faço mais do que a maioria e muito menos do que poderia, e percebo isso avaliando a ação combativa de cada novo colega que interagi nessas últimas semanas... Se hoje tenho maior consciência de classe é por ter me espelhado em alguém e apesar de ser uma constatação óbvia, fico assustada quando percebo que sou sim, estímulo para outras pessoas. Foi isso que constatei ao chegar em casa: nosso esforço apesar de aparentemente solitário, não passará despercebido. E para confirmar esse pensamento, um vídeo que sempre me ajuda nesses momentos. youtube/watch?v=GPeeZ6viNgY “A força de um é a fortaleza de todos”
Posted on: Tue, 15 Oct 2013 00:44:59 +0000

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