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Esta nota da diretoria eleita do Sindicato dos Jornalistas foi escrita em 23 de julho passado. Pena que esteja tão atual... Pedimos às autoridades, na ocasião, providências imediatas, que, pelo jeito, ainda não foram tomadas. Nota de repúdio ao cerceamento da liberdade de imprensa e da comunicação popular A liberdade de imprensa e a comunicação, como direitos humanos básicos, acabam de sofrer mais um atentado nesta segunda-feira (22/7), no Rio de Janeiro. O próprio Estado se encarregou de violar esses direitos inalienáveis, em violenta ação de cerceamento ao trabalho dos jornalistas e comunicadores populares durante ato, em Laranjeiras, de protesto contra os gastos públicos referentes à visita do papa à cidade. Na ocasião, policiais militares utilizando cassetetes feriram um repórter fotográfico da France Press, que registrava a prisão de um manifestante; dois comunicadores do movimento Mídia Ninja foram detidos quando filmavam a manifestação; e um comunicador popular foi preso em suposto flagrante, embora negasse a propriedade de uma mochila contendo coquetéis Molotov. Toda essa violência, protagonizada por agentes do Estado, representa grave ameaça ao próprio Estado democrático de direito. A diretoria recém-eleita do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro manifesta o seu repúdio a esse cerceamento ao trabalho da imprensa e da comunicação popular, promovido por meio da ação violenta de agentes da segurança pública. Uma ação recorrente, que não se restringe aos episódios desta segunda-feira e que perpassa diferentes momentos da cobertura jornalística sobre as manifestações populares que ganham as ruas de todo o país. Jornalistas e comunicadores populares não são os únicos que têm sofrido os efeitos desse tipo de violação de direitos democráticos. Manifestantes em geral têm sido reprimidos em seu direito à livre expressão; advogados também têm sido impedidos de cumprir sua missão na defesa dos ativistas detidos, como ficou evidente, por exemplo, a partir da reclamação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, publicada em suas redes sociais nesta segunda-feira, de que a OAB estaria “atrapalhando” o trabalho da polícia. Não podemos perder de vista que o Estado se configura como ameaça à democracia quando desrespeita os direitos e o papel de jornalistas e comunicadores populares na sociedade. As autoridades públicas precisam tomar providências imediatas para abolir essa política de repressão a jornalistas e à população em geral. Ao Estado cabe garantir as devidas condições de segurança para trabalhadores da comunicação em atividade profissional ou amadora durante os atos de protesto, assim como para todos os manifestantes. Caso as autoridades insistam em não promover essa garantia, a reivindicação terá de ser feita na Justiça. Não há, afinal, democracia que resista sem jornalismo forte, ético e compromissado com a defesa dos direitos humanos e da Constituição. Diretoria eleita do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
Posted on: Tue, 20 Aug 2013 23:30:40 +0000

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