Esta parábola conclui o «Sermão da Montanha» (Mateus, - TopicsExpress



          

Esta parábola conclui o «Sermão da Montanha» (Mateus, capítulos 5-7), uma das partes centrais dos ensinamentos de Jesus. Como deveremos interpretar este «sermão»? Como um ideal para nos inspirar à distância? Como um código ético? Como um conjunto de mandamentos arbitrários que devem ser cumpridos por uma razão pouco clara? Não, a imagem utilizada é a da construção de uma casa: o objectivo do ensinamento de Cristo é conduzir-nos a fazer da nossa vida um lugar onde possamos ser nós próprios, onde possamos estar em casa, sem ter receio de que colapse repentinamente. Fala da nossa segurança definitiva. A parábola compara dois construtores. Um dá-se ao trabalho de colocar uma fundação sólida, enquanto o outro prefere atalhos, escolhendo resultados rápidos e ignorando a base invisível mas essencial da sua casa. A diferença não é observável num primeiro momento, mas, inevitavelmente, surge uma situação em que uma das casas, apesar das aparências, se revela nada confiável. Os dois construtores representam as duas atitudes possíveis das pessoas que «escutam as palavras de Cristo»: a diferença entre os dois reside no facto de um «pôr as palavras em prática» e o outro não o fazer. É quando regemos as nossas acções pelas palavras de Cristo que encontramos uma firmeza escondida, uma segurança que não pode ser obtida de nenhuma outra forma. Nisto, existe tanto um desafio como um encorajamento. Como podemos nós aceitar o desafio e «pôr as palavras de Cristo em prática»? A melhor forma não é, certamente, tentar compreender todo o Evangelho antes de começar. Nem é permanecer preso a uma parte dos seus ensinamentos que nos parece impossível ou incompreensível e assim chegar a um impasse. O importante é começar de forma simples, mas sem demora, com o pouco que percebemos das suas palavras, por mais pequeno que o primeiro passo possa ser. E quando constatamos que esquecemos ou falhámos, podemos, muito simplesmente, recomeçar, «nunca desanimados porque sempre perdoados», como expressou o irmão Roger. Cristo sabe que não compreendemos tudo e que somos frequentemente pobres nos nossos esforços para o seguir. De facto, as primeiras palavras do Sermão da Montanha (Mateus 5,3) falam directamente à nossa pobreza: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus». As primeiras palavras a colocar em prática é deixar que nos declare bem-aventurados. As palavras de Cristo não são regas que devem ser aplicadas na nossa vida. São antes uma força para construir a nossa vida interior. Uma força que não pode ser descoberta se as entendermos como uma lei exterior nem se as compreendermos de forma abstracta; podemos, sim, perscrutar em nós onde tocam num ponto sensível, onde provocam, ainda que levemente, uma reacção espontânea: «Sim, é verdade!» E, assim, permitir que essa reacção sugira, mesmo que de modo muito limitado no princípio, algo que poderíamos fazer hoje. - Na minha vida, em que me apoio para encontrar estabilidade e segurança? - Que palavras do Sermão da Montanha (ou quaisquer outras palavras de Cristo) me tocam particularmente? - O que poderia significar para mim começar a colocar em prática essas palavras hoje? Que passos pequenos e práticos poderia dar? Outras meditaçõe
Posted on: Fri, 04 Oct 2013 04:27:44 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015