Esta é uma notícia preocupante se tivermos em atenção alguns - TopicsExpress



          

Esta é uma notícia preocupante se tivermos em atenção alguns factores que deverão ser tidos em conta. Numa rápida constatação, face a estatísticas e elementos neste artigo apresentados, duas realidades rapidamente se tornam evidentes: 1ª - é que em 1960 havia uma população nacional de 8.889.392 e uma população activa de 4.465.000 o que constitui cerca de 50%; 2ª - enquanto em 2013 a população ronda os 11.000.000 de habitantes com somente 4.432.000 activos, isto é, cerca de 40%. Se tivermos em conta que em 1960 as mulheres, em geral, tinham fraca implantação laboral, que o surto migratória ainda não atingira o seu auge e que a guerra colonial ainda não mobilizara os milhares que passaram a população activa, o que ainda mais releva a percentagem apontada, fácil é constatar que a crise de emprego hoje em dia é o maior flagelo da nossa e das sociedades mundiais em geral. O problema agravou-se, a partir de 1974, com o chamado PREC e a destruição de toda a estrutura industrial, agrícola e comercial do país. Os slogans de "a terra a quem a trabalha", "a indústria aos operários" e "os comerciantes são todos fascistas" teve como consequência que todo o tecido económico se foi rompendo e os poderes instituídos, quer pelos princípios revolucionários, quer, mais tarde, pelas organizações partidárias, não souberam, ou não quiseram, levar a um crescimento económico. Destruiu-se tudo o que estava bem, agravou-se o que estava mal e agora chegámos a este desespero com que milhares e milhares de portugueses se debatem: desemprego, perca de poder de compra, salários baixos no que à maioria da população respeita, cada vez maior desnivelamento entre rendimentos dos ricos e dos pobres, com a classe média a tender para o empobrecimento. Para que tudo isto seja revertido impõe-se uma urgente reforma fiscal, uma urgentíssima reforma da Justiça e uma profunda reforma de mentalidades, a começar nas estruturas partidárias, e a acabar na reforma do próprio Estado. Se não formos capazes de inverter este paradigma a que chegámos o futuro de nossos filhos e netos não passará de uma ilusória luz ao fundo de um túnel que até pode não ser mais nacional. Não vou estar cá para ver mas desespera-me saber que os meus netos podem vir a ser colonizados por terceiros.
Posted on: Wed, 17 Jul 2013 15:58:46 +0000

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