Estabelecer bônus para que o servidor atinja metas, passa a impressão de que antes não faziam seu serviço como deveriam, o que é uma inverdade. Com isto, a meritocracia tornou-se injusta. Se tomaram por base empresas privadas, trabalhei em uma que premiava todos os funcionários sem distinção com bons salários, aumentos acima do índice estabelecido pelo sindicato e 14º de acordo com os lucros da empresa naquele ano. Mas a empresa em questão trabalhava com produtividade. Dentro do serviço público existem questões que impedem este tipo de ação. Em muitos setores, trabalhamos com o humano, não com papéis ou latinhas, como na área social e educação. Quando se prioriza o lado humano, como determinar, definir quais as metas? Em se tratando de assistentes sociais, pedagogos, professores e psicólogos, como definir com justiça as metas que deverão atingir? Achar que pode-se avaliar o desempenho de um professor ou de uma escola pelas notas dos alunos em avaliações externas é utopia. Quantas vezes um professor já teve que lidar com questões que iam além do quadro branco? Quem já não se emocionou quando viu que seu aluno, defasado, respondeu aos novos estímulos e agiu de acordo com a intensidade destes? O professor vê seu aluno crescer, busca soluções, estratégias para ajudá-lo a atingir a sua meta pessoal. Ele sabe muitas vezes que naquele ano ele não conseguirá ajudá-lo a atingir as metas externas, mas não se importa. Continua trabalhando, fazendo o seu melhor, mesmo que muitas vezes não seja reconhecido por isto. O que ainda impulsiona o educador é a certeza de que seu trabalho, quando bem feito, terá atingido as metas que ele traçou para seus alunos e para si mesmo, não hoje, mas no futuro...não muito distante...
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 20:59:58 +0000
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