Estatueta Das Precipitações. 21/08/2004 A sedutora leveza do sândalo acompanhada pela brisa invade a janela do meu quarto Por esta nebulosa noite em que rosas encontram-se desapercebidas no relento Na devassidão dos olhos desatentos os detalhes escondem-se por cantos omissos Do castelo das incompreensões as marquises da indiferença A avassaladora ventania percorre... As colorações cinzas quase apagadas destas pinturas Não suportarão os raios e o fulgor solar pela manhã Sobressaltam-se por eminência os predominantes ensejos fóbicos Do lirismo maquiavélico a beleza sensível das canções sonhadoras Os quadros que já não são vistos com olhos mesmos algo mais revelam Na translucidez da traumatizada catadura que por trás da mascara disfarça Desmanchando-se na sutileza repentina E ressalto das precipitações e fragilidades autonegadas A tempestade decai-se lavando o solo que será novamente marcado E a perspicácia do acuador caracteriza a tonalidade da obra Perplexa encontra-se crianças libertando-se do berço das fantasias Da vivência a contrariedade de diagnósticos e expectativas prematuras Ingredientes principais da sopa amarga da frustração hipócrita que nutre os moralistas E os olhos inconsoláveis observam a luz clareando uma estrada antes obscura Inevitavelmente ressurge a certeza que no momento certo A verdade irá emergir dessas águas sujas. Texto por: José Rodolfo Randis.
Posted on: Thu, 15 Aug 2013 05:10:40 +0000