Este foi, em substância, e reproduzido de memória, o conteúdo - TopicsExpress



          

Este foi, em substância, e reproduzido de memória, o conteúdo das minhas mensagens que o sr. Bertone suprimiu da sua página, embora seus posts subseqüentes contivessem implicitamente algum arremedo de resposta a elas. Como o sr. Bertone dissesse que decidi estudar filosofia sozinho por ser um “católico conservador” incapaz de suportar divergências de opinião, informei ao distinto algo que toda a esquerda alfabetizada sabe, mas que ele ignora por completo: que comecei a estudar filosofia quando não era ainda um “católico conservador” e sim um militante esquerdista. Que é que ele respondeu? Nada. Apenas reiterou o que dissera, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la. Perguntei a ele como seria possível um sujeito intolerante a opiniões divergentes deixar-se impregnar por elas ao ponto de transitar da esquerda para a direita. Que é que ele respondeu? Nada. Apenas reiterou o que dissera, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la. Como ele afirmasse que a intolerância marcava a minha “inteira trajetória de vida”, perguntei se ele queria dizer que na juventude eu me afastara da universidade por achá-la infestada de idéias “católicas conservadoras” ou se, ao contrário, eu me imbuíra de intolerância somente após tornar-me eu próprio um “católico conservador”. Na primeira hipótese ele deveria provar que as universidades naquele tempo eram realmente católicas e conservadoras, coisa que todo mundo sabe que não eram; e ademais teria de demonstrar o que poderia haver de tão mau em não tolerar idéias que ele próprio não tolera. Na segunda hipótese, ficava automaticamente provado que minha intolerância, surgindo em época tardia, não podia ter marcado a minha “inteira trajetória de vida”. Que é que ele respondeu? Nada. Apenas reiterou o que dissera, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la. Ainda quanto à minha “inteira trajetória de vida”, notei que a pretensão de diagnosticá-la sem ler nem citar um único livro meu, um único artigo de jornal ou apostila de curso da minha autoria, e tendo como documentos comprobatórios apenas duas ou três afirmativas ouvidas num programa de rádio e artigos de terceiros cujas idéias ele atribuía a mim, era um ato de tamanha irresponsabilidade científica que bastava para excluí-lo para sempre da vida intelectual séria e devolvê-lo à lata de lixo de onde nunca deveria ter saído. Que é que ele respondeu? Nada. Apenas reiterou o que dissera, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la. O sr. Bertone, com toda a evidência, não tem a mínima idéia do que seja dialetizar, trocar provas e contraprovas. Tudo o que ele sabe fazer é repetir-se, insistir, reproduzir-se como que num desvario de autoclonagem literária, mal variando um pouco as palavras aqui e ali. Quando peço que conteste meus argumentos, ele diz que a minha intolerância já está provada porque sim e porque sim e porque sim. Está provada porque Bertone Souza disse que está. Quando cito a lista das influências intelectuais variadas que recebi e incorporei, bem divergentes umas das outras, ele diz que isso não prova de maneira alguma que eu aceite idéias divergentes. Como é possível incorporar influências divergentes sem aceitá-las de maneira alguma, eis um mistério que não tenho a presunção de resolver. Se alguém souber algo a respeito, por favor me informe. Ele diz que não aceito diálogo. Quando digo que dialoguei com Leandro Konder, Emir Sader, Carlos Nelson Coutinho, Fábio Konder Comparato, Ariano Suassuna, João Pedro Stedile, Leonel Brizola, Jacob Gorender, Alexander Duguin, Aldo Rebelo e não sei mais quantos intelectuais, líderes e ídolos da esquerda, gentilmente com alguns, rispidamente com outros, que é que ele responde? Nada. Apenas reitera o que disse, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la. Quando ele diz que nem na direita alguém me leva a sério, que só jovens desmiolados e sugestionáveis me dão atenção, pergunto se ele considera que Paulo Francis, Roberto Campos, Josué Montello, Jorge Amado, Carlos Heitor Cony, Alberto Dines, Paulo Mercadante, Herberto Sales, Vamireh Chacon, Romano Galeffi, Ariano Suassuna, Carlos Alberto Montaner, J. O de Meira Penna, Gilberto de Melo Kujawski, o ex-presidente Itamar Franco, o presidente romeno Emil Constantinescu, os filósofos romenos Andrei Pleshu e Gabriel Liiceanu, a Dra. Amy Colin da Maison de Sciences de l’Homme da Unesco, os editores José Mário Pereira e Carlos Andreazza, o nosso ex-ministro da Cultura Jerônimo Moscardo, o filósofo David Walsh, o biólogo Antoine Danchin e outras tantas pessoas ilustres de direita e de esquerda que prestaram reverente atenção às minhas palavras e aplaudiram meus livros e artigos são apenas jovens desmiolados e sugestionáveis. Que é que ele responde? Nada. Apenas reitera o que disse, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la contra todos os fatos e argumentos. Pergunto-lhe então se os membros das comissões julgadoras dos prêmios nacionais e internacionais que recebi são também todos jovens desmiolados e sugestionáveis. Que é que ele responde? Nada. Apenas reitera o que disse, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la. Quando lhe pergunto quem, por sua vez, presta atenção A ELE, quais são os seus leitores e admiradores ilustres, qual a grande editora nacional que publica as suas obras, quais são as citações elogiosas que ele recebeu na bibliografia internacional, quais os prêmios acadêmicos que angariou no Brasil e no Exterior, que é que ele responde? Nada. Seu currículo compõe-se de uns poucos trabalhinhos de terceira ordem publicados em revistas obscuras e resumidos num inglês de analfabeto, indigno de um diploma de ginásio. Quando lhe digo que atribuir-me a responsabilidade de opiniões de terceiros pelo simples fato de que escrevem num jornal eletrônico fundado por mim é típica “inculpação por contágio”, um dos procedimentos difamatórios mais torpes e inconfundíveis, que é que ele responde? Nada. Apenas reitera o que disse, como se repetir uma acusação fosse o mesmo que prová-la, refutar todas as objeções, arrasar com uma lógica implacável a argumentação do adversário. Com toda a sinceridade, sem nenhuma intenção hostil, acho que esse rapaz leva sua existência num mundo à parte, só dele, regido por leis próprias, imune à experiência da realidade humana comum onde todos vivemos.
Posted on: Wed, 14 Aug 2013 07:16:23 +0000

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