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Este texto foi enviado pela FBAV em 14/07/03 para Dr. Gonzalo Vecina Neto da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, quando defendia a entrega de animais apreendidos por CCZs para pesquisas/treinamento cirúrgico. A carta foi enviada e circulada em listas de proteção animal. mail.indymedia.org/cmi-ssa/2003-July/000817.html [CMI-SSA]Fw: Sobre o uso de animais em experiências científicas Essa aqui apareceu numa discussão sobre a legalidade/legitimidade da vivissecação animal. Muito bem fundamentada, resolvi repassá-la a quem tenha um pouco de interesse sobre o assunto. Sobre o uso de animais em experiências científicas A história da medicina tenta nos mostrar uma imagem pérfida de total conhecimento, e de uma sabedoria tal, que a margem de erro se torna praticamente inexistente... Ledo engano, já que ao longo dos anos sabemos que os interesses econômicos superam qualquer expectativa de uma valorização real da vida. O que dizer dos erros médicos cada vez mais evidentes? E quanto aos farmacos inócuos e perigosos à saúde humana? Tudo isso tem um nome: vivissecção / experimentação animal. Criou-se a celeuma de que o uso de animais para o avanço da ciência é imprescindível, resultando num hábito errôneo e contraditório, do ponto de vista humanitário. O uso de animais, como mero objeto de estudo científico e treinamento, é defendido com a alegação de que são iguais aos humanos (?), por isso a confiança no uso de tal prática, mas por outro lado, alegam ser legal (do ponto de vista moral) a utilização dos mesmos, pois são apenas animais, e não humanos. Ora, temos então um legítimo oxímoro, em que a própria alegação contradiz a realidade dos fatos. A substituição ao uso de animais não interfere na habilidade cirúrgica, ou qualquer avanço médico/científico, mas na verdade, fornece subsídios práticos e seguros na condução correta de procedimentos médico e diagnóstico. Em outros países, a preocupação com uma mudança mais efetiva no que diz respeito aos animais, tem aumentado expressivamente, como na Alemanha, em que recentemente os direitos dos animais foram assegurados na Constituição, fato esse que vai acelerar o processo de abolição ao uso de animais em pesquisa. Na Itália, há muito já existia uma Lei de objeção ao uso de animais, em que o estudante não seria punido ao recusar a utilização de animais. A União Européia acaba de abolir o uso de animais em testes de cosméticos, e já estipularam data limite para o fim desta prática, com o intuito de dar um prazo às empresas para se adequarem aos novos procedimentos sem o uso de animais. Quase 80% das Universidades no mundo aboliram o uso de animais em práticas de vivissecção, como forma de treinamento e ensino. Outras medidas vêm surgindo no mundo inteiro, com o objetivo de acabar com o estigma de que a experimentação animal é peça fundamental para qualquer avanço científico ou ensino. Seriam tais medidas e muitas outras valorizadas e postas em prática se a vivisseção fosse sinônimo de confiabilidade ?! Principalmente na área do ensino, o processo de exclusão ao uso de animais está no ápice. Universidades renomadas têm se empenhado em oferecer aos estudantes métodos de estudo e treinamento, em que vidas são poupadas. Fazendo assim, seu papel fundamental na formação acadêmica de seus alunos, enfatizando o respeito à vida como primeiro ensinamento de todos, principalmente na área médica. Além disso, o uso e descarte de animais são ignóbeis e errôneos, pois a real pratica médica é cuidar de pacientes. Sendo assim, como explicar uma prática edificada em sacrifício e morte?! Uma infinidade de métodos são hoje ferramentas indispensáveis para o ensino, tornando a experimentação animal plenamente dispensável. Existe a possibilidade de consulta on-line no site da AVAR, em que o estudante tem um leque de opções, periodicamente atualizadas, para auxilio quanto ao método mais adequado. Mesmo o treinamento cirúrgico em Universidades e Centros de Treinamento no exterior, a própria medicina humana têm contribuído, com a utilização de modelos anatômicos de última geração, e o mesmo transferido para a medicina veterinária, em que os citados modelos anatômicos perfeitos têm sido amplamente utilizados e comercializados. A utilização de animais, sob a alegação esdrúxula de que os mesmos morreriam de uma forma ou de outra, segundo este órgão afirma, é uma declaração altamente suspeita, talvez oriunda da idéia de que se torna menos dispendioso doá-los para a morte, do que a utilização de verbas em procedimentos eutanásicos no local, embora eu mesma, não concorde com a eutanásia como método de controle populacional de animais, já que existe a esterilização. Ilustrando o acima, transcrevo o que muito bem declarou Dr. Nedim C. Buyukmihci em NÃO VIOLÊNCIA EM TREINAMENTO CIRÚRGICO Por fim, é um pobre argumento se discutir que os animais derivados de depósitos de animais são marcados para morrer . Somente os cães mais sociáveis e dóceis são escolhidos para uso em laboratório cirúrgico.Esses indivíduos também teriam altas probabilidades de serem adotados se existissem recursos disponíveis para mantê-los a espera de adoção por um período mais longo. Dizer, portanto, que esses animais iriam morrer de qualquer maneira, ignora o fato de que sua sentença e pesadamente imposta por considerações financeiras e logísticas.A situação piora quando há uma agência pronta e interessada em comprar (receber) esses animais. E ainda sobre a prática da experimentação animal, Dr. Nedim declara: A matança de animais não humanos em escolas de medicina veterinária continua, infelizmente, por hábito e conveniência, não porque isso seja pedagogicamente necessário. Há muitos métodos para substituir a matança de animais não humanos em treinamento cirúrgico. Lembremos que as escolas de medicina veterinária Britânicas usam cadáveres no sistema de aprendizado. O fato de que muitos desses formandos competem com sucesso neste pais ,evidencia nosso respeito por suas habilidades. Complementando, a escola de medicina veterinária da Universidade de Utrcht na Holanda não fere ou mata nenhum animal não humano em treinamento cirúrgico ou em outro treino O que e particularmente pertinente aqui, e que total credito da American Veterinary Medical Association. Ante o atual avanço tecnológico e facilidades globalizadas, torna-se verdadeiramente possível, o treinamento de estudantes e pesquisas em todos os setores, sem a utilização de animais. Como já citado, as fontes de consulta são vastas, mas para melhor ilustrar a questão, e para melhorar seus conhecimentos, reproduzo aqui alguns mínimos exemplos de métodos sem o uso de animais: Como evidenciado, fica constatado que o uso de animais em estabelecimentos de ensino e pesquisa pode ser imediatamente abolido, e surtindo efeito benéfico para os futuros profissionais em questão. Importante ressaltar, que mesmo os avanços médicos científicos não são devidos ao uso de animais, apenas por que defende-se a velha e obsoleta frase de que testa-se em animais para não testar em humanos. Então como explicar, as grandes catástrofes farmacológicas, ou eventos adversos, os erros médicos, as toxinas por nós ingeridas com nomes de matéria prima, que na verdade são substâncias inócuas e perigosas à saúde humana; epidemias de velhas doenças?! A experimentação animal não é considerada a salvação da raça humana?! E mesmo assim, sabemos que testes com humanos são feitos, e não podemos jamais predizer um resultado seguro de testes, a partir de uma doença recriada em animal de laboratório, pois o simples fato de ser recriada já difere grandiosamente no resultado final. Alguns exemplos de avanços médicos sem a chamada vivissecção: · Descoberta da relação entre colesterol e doenças cardíacas. · Descoberta da relação entre o hábito de fumar e o câncer, e a nutrição e câncer. · Descoberta da relação entre hipertensão e ataques cardíacos. · Descoberta das causas de traumatismos e os meios de prevenção. · Elucidação das muitas formas de doenças respiratórias. · Isolamento do vírus da AIDS. · Descoberta dos mecanismos de transmissão da AIDS. · Descoberta da penicilina e seus efeitos terapêuticos em várias doenças. · Descoberta do Raio-X. · Desenvolvimento de drogas anti-depressivas e anti-psicóticas. · Desenvolvimento de vacinas, como a febre amarela. · Descobrimento da relação entre exposição química e seus efeitos nocivos. · Descoberta do Fator RH humano. · Descoberta do mecanismo de proteína química nas células, incluindo substâncias nuclêicas. · Desenvolvimento do tratamento hormonal para o câncer de próstata. · Descoberta dos processos químicos e fisiológicos do olho. · Interpretação do código genético e sua função na síntese de proteínas. · Descoberta do mecanismo de ação dos hormônios. · Entendimento da bioquímica do colesterol e hipercolesterolemia familiar. · Produção de humulina, cópia sintética da insulina humana, que causa menos reações alérgicas. · Entendimento da anatomia e fisiologia humana.
Posted on: Sat, 19 Oct 2013 01:12:32 +0000

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