Estou a acompanhar com muito interesse a campanha no Funchal e - TopicsExpress



          

Estou a acompanhar com muito interesse a campanha no Funchal e acho que foram apresentadas muitas e boas ideias, por todas as candidaturas, numa campanha que, no demais, está a ser séria e esclarecedora. Os ataques pessoais que se fizeram, revelam uma política menor a que, na generalidade, os cabeças de lista conseguiram ser imunes e isentos. Posto isto, gostaria que a CDU mantivesse o seu vereador, porque é importante haver alguém que represente a esquerda na Câmara e Artur Andrade tem feito um bom trabalho na autarquia funchalense. O CDS, em resposta à jogada inicial pouco transparente do PS, avançou com o seu maior trunfo a acaba por não se dar mal. Se é certo que poderá não ficar à frente da Mudança, José Manuel Rodrigues impõe-se ao PSD para uma coligação pós-eleitoral (veremos se com pelouros para os vereadores centristas ou não), uma vez que o município funchalense não me parece governável sem a estabilidade que uma maioria compacta garante. A coligação pluripartidária, apesar de ser estrambólica do ponto de vista ideológico, avançou com um cabeça de lista pouco conhecido que resultou no “nascimento” de um político promissor para a Madeira. Paulo Cafôfo revelou ser um bom candidato, carismático e com boas ideias. Mostrou-se audaz e cativante. A sua candidatura terá sido (ou está a ser) a mais ousada, com iniciativas de campanha de uma originalidade refrescante. Não vencerá as eleições, estou certo, mas conseguirá o feito histórico de retirar a maioria absoluta ao PSD. O que não é de somenos importância (ainda que neste pormenor, vá ser curioso ver como acabará a coligação…). Importa ainda referir que, se fosse eleito, estou convencido de que seria um bom presidente. Não gostei da insistência em colar Bruno Pereira a AJJ (apesar de perceber o tacticismo político) que, de resto, até me pareceu sempre forçado e antinatural (parecia uma imposição estratégica) por parte de Paulo Cafôfo. Ainda assim teve a hombridade de evitar as expressões pouco elegantes e descortesas com que alguns dos seus apoiantes apelidaram o principal adversário. A candidatura de Bruno Pereira foi (e está a ser) o que esperávamos: popular, próxima das populações, a revelar um cabeça de lista simpático, competente, um governante experiente e um político consagrado. Sabemos ao que vamos, se votarmos em Bruno Pereira: boa liderança, consensual, conhecedor da política e do municipalismo. É capaz de ser continuador do trabalho meritório que Albuquerque desenvolveu à frente da edilidade funchalense. Traz a promessa, que é novidade para o PSD, de uma gestão participada e uma nova atitude mais dialógica e mais próxima da comunidade. Estas duas candidaturas apresentam-se com dois bons programas, com forte incidência nas políticas para as pessoas, bastante contemporâneas e atentas àquilo que deverá ser a prioridade nos tempos mais próximos: mais e melhor educação, urbanismo, cultura, habitação, mobilidade e maior intervenção no campo social. Um programa é mais político (PSD), outro (Mudança), talvez porque inexperiente, sentiu necessidade de ser mais técnico, com propostas mais concretas. São estilos diferentes, ainda que ambos legítimos. Apesar de gostar, sinceramente, das duas candidaturas, há coisas que não consigo ultrapassar: - Algumas propostas da Mudança parecem-me demagógicas (talvez se não fossem tão ao pormenor, pudéssemos pensar que seriam exequíveis. Com o paradoxo de especificar – os serviços servem para quê? – sem contabilizar); - O facto desta candidatura ser apoiada pelo PTP e pelo PND. Ora, se a primeira até estava disposto a ignorar, porque reconheço a boa vontade e, até, a seriedade, não consigo superar a segunda. Sou incapaz de apoiar uma candidatura que integra estes dois – até custa dizer! – partidos. Porque no fundo, não concebo a política sem substrato ideológico – e se tenho tentado! É verdade que as pessoas valem muito, mas há um limite que não consigo ultrapassar. E não perceber que ideologia está subjacente a esta coligação, conhecendo a falta de ideologia de PTP e do PND é, para mim, fatal. Posto isto, resta-me acrescentar, de forma clara e inequívoca que apoio a candidatura de Bruno Pereira. Espero, sinceramente, que seja o próximo presidente da Câmara Municipal do Funchal porque, estou certo, saberá sê-lo com competência e seriedade!
Posted on: Mon, 23 Sep 2013 20:43:09 +0000

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