Estranhos “círculos de fada” no deserto da Namíbia intrigam - TopicsExpress



          

Estranhos “círculos de fada” no deserto da Namíbia intrigam os cientistas. O deserto da Namíbia é um vasto território que vai da costa sul da Namíbia até a costa sudoeste da Angola, e faz parte da maior reserva de caça da África. O vasto território não chama atenção apenas por sua extensão, mas também por ter apresentado intrigantes marcas circulares na terra chamadas de “círculos de fadas”. Essas marcas estranhas vêm desafiando os pesquisadores a descobrir uma resposta para este fenômeno. Muitas hipóteses já haviam sido levantadas, desde o resultado do trabalho de formigas e cupins até gases mortais que ecoavam para fora do solo. No entanto, de acordo com uma nova pesquisa, as “manchas’ podem ser o resultado natural da competição entre as plantas por recursos do subsolo. As pastagens no deserto africano começam de forma homogênea, mas as chuvas esparsas e o solo pobre em nutrientes provocam uma intensa concorrência entre as gramíneas, de acordo com esta nova teoria. As gramíneas mais fortes conseguem minar toda a água e nutrientes do solo, o que faz com que os seus vizinhos fiquem mais fracos e morram em um espaço árido para formar a paisagem. A lacuna na vegetação se expande conforme a competição segue, e a zona livre de plantas torna-se um reservatório de água e nutrientes. Com os recursos adicionais, as espécies de gramíneas maiores são então capazes de enraizar-se na periferia da abertura, e um círculo de fada estável se desenvolve. Os círculos de fadas têm sido um mistério para os cientistas há muitas décadas. No início deste ano, por exemplo, o biólogo Norbert Juergens, da Universidade de Hamburgo, na Alemanha, afirmou ter encontrado evidências de uma teoria envolvendo cupins e os círculos de fada. Primeiramente, o biólogo havia descoberto que as colônias do cupim Psammotermes allocerus, eram quase sempre encontradas nos centros desses círculos, onde também havia um aumento da umidade do solo. O argumento utilizado é que esses cupins se alimentavam de raízes das gramíneas, matando essas plantas, que normalmente usavam a água do solo e, em seguida, ingeriam a água nas machas circulares resultantes para sobreviver durante a estação de seca. No entanto, o autor deste novo estudo, Walter Tschinkel, criticou o estudo de Juergens e avaliou ser uma teoria confusa que não era capaz de explicar todas as evidências. Michael Cramer, biólogo da Universidade de Cape Town, na África do Sul, e principal autor e pesquisador do novo estudo, também acredita que a teoria envolvendo os cupins não é satisfatória. “Não há nenhuma razão real que explica por que os cupins iriam produzir tais círculos que são tão grandes e uniformemente espaçados”, disse Cramer. Os cientistas também haviam proposto anteriormente que os círculos de fada são um exemplo de “padrão de auto-organização da vegetação” que surge a partir das interações entre as plantas. A teoria que afirma que há uma concorrência acirrada entre as plantas por busca de alimentos foi testada por Cramer e seu colega Nichole Barger, da Universidade do Colorado. Eles mediram o tamanho e a densidade dos círculos em toda a Namíbia através do Google Earth. Eles também coletaram amostras de solo em várias profundidades de dentro e de fora dos círculos, e analisaram a água e o teor de nutrientes. “Nós descobrimos que o tamanho do círculo, a densidade e o grau em que eles ocupam na paisagem estão associados com a quantidade de recursos disponíveis”, explicou Cramer. Os pesquisadores também descobriram que as chuvas determinam a distribuição dos círculos de fada em toda a Namíbia. Se houver muita chuva, os recursos abundantes “relaxariam” a competição por recursos e os círculos se fechariam. Se há pouca chuva, entretanto, a competição seria de fato acirrada, mas também tenderia a desaparecer depois de algum tempo. Como os círculos existem apenas em uma faixa estreita de umidade, as diferenças na precipitação de ano para ano podem fazer com que os círculos desapareçam e reapareçam em uma mesma área ao longo do tempo. Com tais dados, os cientistas já puderam predizer a distribuição dos círculos de fada com uma precisão alta de aproximadamente 95%. jornalciencia/meio-ambiente/diversos/2852-estranhos-circulos-de-fada-no-deserto-da-namibia-intrigam-os-cientistas
Posted on: Mon, 09 Sep 2013 23:08:34 +0000

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