FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO: MATEUS 16,13-19 A festa de hoje - TopicsExpress



          

FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO: MATEUS 16,13-19 A festa de hoje nos convida a olhar mais de perto essas duas figuras, realmente especiais, da Igreja de Jesus Cristo. Paulo, o grande apóstolo dos gentios, e Pedro, o chefe dos Apóstolos e da Igreja. Nesta reflexão, vamos deixar um pouco de lado o apóstolo Paulo, e vamos nos concentrar na figura de Pedro, seguindo as indicações do evangelista Mateus, que o coloca no centro do seu relato. Para isso, vamos dividir o texto em três partes. Na primeira parte (vv. 13-14), Jesus faz uma pergunta geral aos apóstolos, sobre o que as pessoas pensam dele. Na segunda (vv. 15-16), ele faz uma pergunta direta aos apóstolos, para saber o que eles pensam dele; e na terceira (vv. 17-19), Jesus constitui Simão de Betsaida, filho de Jonas, fundamento de sua Igreja, acrescentando ao seu nome, o sobrenome Kefa (rocha, pedra). Vamos analisar cada uma destas partes. Veja, quando Jesus perguntou o que as pessoas pensavam dele, os apóstolos deram esta resposta: “Alguns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; outros, ainda, que és Jeremias ou alguns dos profetas”. Podemos ver que Jesus era bem cotado na opinião do povo. Todos os nomes mencionados eram de figuras de primeira grandeza na história do povo Hebreu. Porém, por mais elevado que fosse esse conceito, ele não passava de uma visão puramente terrena. Além disso, o povo esperava que Jesus repetisse no presente, o que aqueles grandes personagens realizaram lá no passado. Na sua visão saudosista, Jesus era apenas a reencarnação de realidades já superadas. Aquela gente não era capaz de reconhecer nele a luz de uma tremenda novidade. Pois bem, depois de ter ouvido a resposta dos apóstolos, Jesus direciona a pergunta para eles: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Se, na primeira pergunta, as repostas vieram rápidas e variadas, agora, ninguém responde nada. Silêncio total. É o caso da gente perguntar: Por que os apóstolos silenciam? Será que não sabem responder, ou a sua resposta será igual à de todo mundo? Ora, no contexto do Evangelho de Mateus, responder a esta pergunta é algo da maior importância. Porque, naquele tempo, circulava entre o povo, muitas idéias sobre o Messias que devia vir. O Povo esperava um Messias, mas ninguém sabia ao certo como era ele. Daí haver diversas opiniões. Uns imaginavam que fosse um general, outros que fosse rei, outros ainda que fosse um sacerdote ou profeta. Por isso era importante para Jesus, saber o que os seus apóstolos pensavam dele. Era importante para Jesus, que seus apóstolos soubessem, exatamente, quem era ele. Pois podia acontecer, que os apóstolos estivessem seguindo, não a Jesus, mas a uma ideia que faziam dele. Esta clareza a respeito de Jesus foi tão importante para os apóstolos, como é importante para nós, hoje. Porque as nossas práticas, o nosso modo de encarar o mundo e todas as suas realidades, o nosso modo de praticar a religião, tudo isso vai depender do nosso conceito ou do conceito do nosso grupo a respeito de Jesus. A verdade é que entre os apóstolos havia várias opiniões a respeito de Jesus, e hoje não é diferente. Cada grupo de cristãos tem seu conceito, tem sua imagem de Jesus. Se ele viesse hoje e nos fizesse esta pergunta, das duas, uma: ou haveria um festival de milhares de respostas diferentes, ou todos ficaríamos calados, como fizeram os apóstolos. Pois bem, o silêncio dos apóstolos continua, enquanto Jesus espera a resposta deles. Eis então que, timidamente, Simão se levanta e fala, sem saber direito o que está dizendo: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus gosta da resposta, mas deixa claro que ela não é fruto de teorias ou especulações humanas. O ser humano, por seus próprios meios, não chega ao conhecimento de Jesus. O que Simão disse, portanto, não o disse por si mesmo; ele o recebeu de Deus, foi uma revelação. Deste modo, ele acabou recebendo um segundo chamado. O primeiro, ele o recebeu lá, nas margens do Lago da Galiléia, quando Jesus o chamou para segui-lo. Agora, ele é chamado de novo, desta vez para uma missão ainda mais sublime: a de ser fundamento visível do Povo de Deus: “Tu és Kefa (isto é, rocha, pedra) e sobre esta pedra eu construirei a minha Igreja”. Jesus, a “pedra angular” faz de Simão “pedra-fundamento” da sua Igreja. Isso deixa claro que, a Igreja, não é uma instituição meramente humana; não é de Pedro e nem de homem algum, ela pertence a Jesus. E mais: a Igreja é o próprio Cristo Jesus (cf. At 9,3-5). Pedro-rocha só tem consistência, solidez, se estiver alicerçado em Jesus-pedra angular. Mas o que pode parecer um grande privilégio é, na verdade, um tremendo compromisso. De agora em diante, o destino de Simão Pedro está estreitamente ligado ao destino do Cristo. Tanto a missão de Pedro como a da Igreja será a mesma do Cristo. As potências do mal irão se sentir incomodadas com suas práticas em favor da vida e da justiça, e irão investir contra ele e a Igreja. Mas serão todas derrotadas. Isso é garantia de Jesus Cristo, Fundador e guia supremo da Igreja: “O poder do inferno nunca poderá vencê-la” (v. 18).
Posted on: Fri, 28 Jun 2013 22:43:57 +0000

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