Faço parte da Comissão de Honra de António Costa à Câmara de - TopicsExpress



          

Faço parte da Comissão de Honra de António Costa à Câmara de Lisboa - no domingo votarei como sempre e, independentemente da cor do voto, espero que cada um possa exercer em liberdade a sua escolha. Este é um tempo de facas longas em que, cada vez mais, nos é difícil acreditar que é possível. Pelas mãos e pela cabeça já nos passaram tantos salvadores que acreditar passou a não ser uma conta de três simples. Mas que não deixemos, à direita e à esquerda, morrer as convicções. Seria trágico - o meu pensamento de hoje será precisamente sobre isso. E aqui vos deixo também o texto que escrevi de apoio ao candidato em que votarei. APOIO A ANTÓNIO COSTA Por Luís Osório Neste tempo de desesperança, em que a maioria parece ter desistido de acreditar na Política, as palavras são preciosas e não podem continuar a ser gastas em vão. Já as gastámos de sobra. Insistir em dizê-las comporta o risco de ninguém estar disponível para ouvir – escrever liberdade, justiça, igualdade ou democracia tem a sonoridade de um disco riscado. Cresce dentro de muitas casas uma raiva silenciosa; dentro de nós, dos que ainda acreditam, começa a existir uma incredulidade e arriscamo-nos ao impensável: transformarmo-nos no que sempre criticámos, passarmos a ser os que deixaram andar, os que também desistiram. Já me aconteceu. Ouvir conversas de autocarro, gente que se queixa do patrão, de turnos alterados, de folgas que não gozaram. Já me aconteceu pensar que deviam estar contentes por ter emprego, que deviam ter respeito por quem não o tem. São apenas fracções de um segundo, ervas daninhas num campo que julgava ser de esperança. O que é isto que em nós cresce? Que nos faz pensar que as pessoas deviam estar contentinhas e muito agradecidas por ter um trabalho – mesmo que mais nada tenham garantido. Também somos selva. Sabê-lo é a garantia que precisamos para poder escolher um outro caminho. E o que tem isto a ver com António Costa? Tudo. Porque temos pouco tempo. Gastamo-lo como às palavras. Usámo-lo muitas vezes mal, entrámos pelas portas que não devíamos, fizemos más opções, escolhemos as pessoas erradas nos partidos e na governação, gente sem preparação que nos mergulhou em contradições e numa gigantesca encruzilhada. Portugal transformou-se num recreio de escola. Mas num recreio sem crianças a brincar, sem esperança ou futuro. Equilibrar as contas, fazer crescer a economia, pensar sobre o papel das cidades, tornar os lugares mais humanos, restituir a esperança às pessoas, a vontade de se levantarem todos os dias, não é uma tarefa que possa ser feita por impreparados, por gente que, da esquerda à direita, parece saída de uma “loja dos trezentos” onde o que é barato acaba sempre por sair caro. Não temos muito tempo. Por isso apoio António Costa na sua recandidatura à Câmara de Lisboa. Por acreditar que é o único farol nesta longa madrugada portuguesa. Não tenho qualquer hesitação neste apoio. Não é um mal menor, não é um voto útil, não é coisa alguma para lá da vontade que a sua vitória seja clara, inequívoca, esmagadora. Lisboa precisa disso. Portugal precisa disso. Que a competência seja premiada. Que se abra uma nova estrada por entre uma desesperança que só pode ser derrotada com competência e credibilidade. Que só pode ser derrotada por António Costa. Sinceramente não vejo outro nessa estrada.
Posted on: Fri, 27 Sep 2013 18:26:04 +0000

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