Filme de ontem FARINELLE ! - TopicsExpress



          

Filme de ontem FARINELLE ! fantastico youtube/watch?v=GIPQtelKN28 O célebre castrato Farinelli morre em Bolonha em 16 de setembro de 1782 após uma gloriosa carreira. Nasceu no seio de uma família da baixa nobreza, o que era então raro para os ‘castrati’. Tornou-se aluno do famoso Pórpora, considerado um dos grandes profesores de canto de todos os tempos. Farinelli era dotado de uma voz excepcional e de um virtuosismo que se harmonizava plenamente com as exigências e o estilo da música barroca. Trecho do filme Farinelli, produzido em 1994: Carlo Broschi, era o seu nome de batismo. Nasceu em Andrea, reino de Nápoles em 1705. Foi submetido a uma operação cirúrgica de corte dos canais provenientes dos testículos entre 7 e 8 anos, com o que a chamada mudança de voz não ocorreu. A prática de castração de jovens cantores teve início no século XVI, surgido da necessidade de vozes agudas nos grupos corais, já que a Igreja Católica não aceitava mulheres no coro de suas igrejas, atingindo seu auge nos séculos XVII e XVIII, visto que nas óperas do compositor barroco alemão Georg Haendel, por exemplo, o papel do heroi era frequentemente escrito para castrati. Os meninos submetidos à castração eram crianças órfãs ou abandonadas. Algumas famílias pobres, incapazes de criar a sua prole, entregavam um filho para ser castrado. Em Nápoles, recebiam instrução em conservatórios pertencentes à Igreja. Algumas fontes referem que muitas barbearias napolitanas tinham, à entrada, um dístico com a indicação Qui si castrano ragazzi (Aqui se castram rapazes). De muitos garotos se dizia que foram castrados por razões médicas para evitar represálias, já que a castração estava proibida, embora as autoridades constumassem fazer vistas grossas. Era comum que as famólias os levassem a uma dolorosa e angustiante operação convencidas de que seus filhos poderiam tornar-se grandes cantores e ajudar no sustento da casa. Se as aptidões vocais não chegassem ao nível exigido, ordenavam-se padres, acabando no coro das igrejas. Início A primeira aparição de Farinelli em cena teve lugar em 1720, aos 15 anos, no palácio do príncipe de la Torella, na ópera “Angelica e Medoro”, de seu mestre Pórpora e do libretista Metastase. Dotado de um virtuosismo extraordinário, não se furtava a proezas vocais, disposto a “carregar nas tintas”. O imperador Carlos VI lhe daria um conselho quando da estada do castrato na corte de Viena, sugerindo-lhe mais moderação e autenticidade. Farinelli aceitou a observação e progressivamente foi apurando o estilo. Aos 17 anos, dispôs-se a se medir com um trompete. Esse tipo de duelo era então moeda corrente. Quando o trompetista, exausto, abandonou a liça, Farinelli pôs-se a cantar de novo e belamente. Onde quer que se apresentasse, a acolhida reservada ao jovem cantor de 23 anos era delirante. Farinelli empreende um giro pela Europa que lhe valeu a alcunha de “cantor dos reis”. Na França, canta em palácio para o rei Luis XV. Recebeu um retrato do soberano, adornado com diamantes e um confortável cachê de 500 libras. Em Londres, se apresenta no Teatro da Nobreza em 1734 depois de se remover montanhas para que aceitasse receber 1.500 libras pela temporada, sem contar os múltiplos presentes recebidos de admiradores endinheirados o que fez quadruplicar o valor. Farinelli conheceu um retumbante triunfo em Londres. Uma espectadora, enfeitiçada, traduziu o sentimento comum numa expressão que permaneceu célebre: “Um Deus, um Farinelli”. O rei Felipe V da casa Bourbon de Espanha, acometido de uma persistente neurastenia, ao ouvi-lo em 1737 em Madri, ficou tão benevolamente afetado pela “terapia vocal” que resolveu chamá-lo a seu serviço. Contra toda expectativa, quando só tinha 32 anos, Farinelli resolveu aceitar o que pôs praticamente fim a sua carreira. Residiu por mais de 20 anos na corte da Espanha, cantando – diz a lenda – as mesmas 4 árias todas as noites a Felipe V, depois a seu filho Fernando VI. Elevado ao escalão de um ministro, exerceu o papel de conselheiro real, recebendo os hóspedes estrangeiros, reorganizando a Ópera de Madri. Com a subida ao trono de Carlos III, Farinelli não teve outra escolha que deixar a Espanha. Regressa à Itália e se instala em Bolonha
Posted on: Tue, 29 Oct 2013 16:33:29 +0000

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