Fui até o posto do Correio pegar uma cartinha dirigida ao Papai Noel pelas crianças carentes. Fiquei indignada com os pedidos: tablete, helicóptero de controle remoto, etc. A funcionária responsável pelo setor me disse que algumas mães levam várias cartinhas e nem se cadastram no Correio, colocam os pedidos direto no local indicado, apesar de devidamente avisadas que o procedimento correto não é esse. Infelizmente, esse tipo de conduta contamina uma das melhores iniciativas que já vi nesta época de festas, demonstrando que a Lei do Gérson ainda impera. Por outro lado, lendo as cartinhas das crianças, impossível não sentir o coração apertado. Tantos pedidos inocentes e puros: cirurgia para a mãe, que o pai pare de beber, remédio para a avó que com câncer, etc. Esquecendo o lado ruim, e imbuída de boa vontade, escolhi uma que partiu meu coração: uma menina de 10 anos pedia roupa e sapato para ela e para a irmãzinha de 2 anos, material escolar e, se possível, uma boneca para irmã, que não tem nenhuma e é muito pequena para saber que é pobre. Chorei feito uma retardada, sai de lá e fiz a festa do consumo. Pelo menos essas duas ainda vão acreditar em Papai Noel por mais um ano. Obrigada, Senhor, por permitir que eu ajude alguém.
Posted on: Thu, 28 Nov 2013 15:03:04 +0000
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