Funcionários da saúde farão greve a partir de 5ª Em duas assembleias realizadas ontem, em Bauru, cerca de 400 funcionários de unidades de saúde geridas pela Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (Famesp) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima quinta-feira. As informações são do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde de Bauru (Seessb), que convocou uma assembleia geral extraordinária pela manhã e outra à tarde. De acordo com a assessoria de imprensa da entidade, após a publicação do edital de convocação da greve, prevista para sair hoje no JC, os funcionários têm 72h para iniciar a paralisação. A greve começa oficialmente às 7h de quinta-feira. Segundo a presidente do sindicato, Vera Lúcia Salvadio Pimentel, serão mantidos os 30% de funcionários nas unidades, como prevê a lei. No entanto, como em alguns departamentos o volume de trabalhadores é muito pequeno, para preservá-los ela criará uma comissão de ética, composta por integrantes de vários setores da sociedade. A expectativa é que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nomeie representantes. “Não queremos colocar a vida de pacientes em risco, por isso formaremos essa comissão para acompanhar o andamento da greve e garantir o atendimento conforme prevê a lei”, diz a presidente. A Famesp é gestora dos hospitais Estadual, Base, Manoel de Abreu, Maternidade Santa Isabel e do Ambulatório de Especialidades Médica. Juntas, estas unidades empregam mais de 3.400 trabalhadores. Reivindicações Entre as reivindicações dos trabalhadores da saúde estão o reajuste de 20% dos salários, pagamento de tíquete alimentação de R$ 400,00 e auxílio creche de R$ 200,00. Eles reivindicam também a contratação de mais funcionários pela fundação. “O número é insuficiente. Isso está gerando carga excessiva de trabalho e o desgaste dos trabalhadores. Também compromete a qualidade do atendimento”, afirma a presidente. Desde o último mês de março a diretoria do Sindicato tenta negociar com a diretoria da Famesp o Acordo Coletivo de Trabalho de 2013. A última reunião entre a fundação e a diretoria do Sindicato, ocorreu no dia 15 de julho. A Famesp esclarece que tem contrato de gestão das unidades hospitalares com recurso pré-definido, portanto, não é possível atender a reivindicação de reajuste proposta pelos trabalhadores. Mesmo assim, desde abril, como adiantamento e utilizando verba própria, paga 6,5% de reajuste salarial para todos os seus funcionários. Além disso, propôs aumentar para R$ 300,00 o vale-alimentação e para R$ 150,00, o auxílio-creche - informa a assessoria de imprensa da fundação. A fundação também informa que não tem medido esforços para melhorar as condições de trabalho.
Posted on: Sun, 21 Jul 2013 16:53:15 +0000
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