Getúlio Vargas Foi Solto Tenho um grande amigo que já fez sua - TopicsExpress



          

Getúlio Vargas Foi Solto Tenho um grande amigo que já fez sua “passagem” para o outro “Lado”. Hoje, segundo ele, só vive de camisola e tocando flauta. De vez em quando ele me manda notícia de lá. Esta semana recebi um “furo”. É sabido que o Dono lá do outro Lado odeia suicidas. Quando Getúlio Vargas chegou por aquelas bandas, depois de cascar um tirombaço (o tiro não foi no baço) no peito, o HOMEM nem quis conversar com ele. Despachou logo para um tal de Limbo. Sábado passado, dia 24 de agosto, aniversário da morte do ex-presidente, o Dono lá do outro Lado resolveu que já era hora de tirar o gaúcho baixinho daquela ante sala do Inferno. Quando Getúlio chegou por lá, ELE mandou avisar que seu castigo seria por sessenta anos. Meu amigo, consultando suas fontes, ficou sabendo que Getúlio foi solto um ano antes por bom comportamento. Foi um reboliço no Paraíso. Inimigos de Getúlio ficaram indignados com a decisão. Logo que a notícia se espalhou, foi formada uma comissão para protestar e repudiar a volta de GV. Encabeçando os protestos estava Carlos Lacerda, que abriu uma sucursal da Tribuna da Imprensa logo que saiu do Limbo, onde também ficou por um bom tempo. Juntaram a ele os irmãos Júlio e Ruy Mesquita, donos do jornal O Estado de São Paulo, que adoravam o Lacerda e odiavam Getúlio. Lacerda, ainda leva a marca do tiro que levou no pé no atentado da Rua Tonelero. Ele escapou, mas o major da Aeronáutica Rubens Vaz não teve a mesma sorte. Para a alegria de Carlos Lacerda ele foi morto e serviu de “bandeira” política contra Getúlio. Mas eles não contavam com grandes aliados de Getúlio. Tão logo Leonel Brizola soube da movimentação orquestrada por Lacerda, tratou logo de organizar um contra ataque se fosse necessário. De imediato Brizola convocou alguns dos ex-ministros de Vargas, entre eles, Gustavo Capanema, Osvaldo Aranha, Eurico Gaspar Dutra (Êta homem bravo) e brigadeiro Nero Moura. Para dar guarida à essa turma, Brizola convocou Filinto Muller, chefe da Polícia Política do governo Vargas e o fiel escudeiro do ex-presidente, Gregório Fortunato, conhecido pela alcunha de o “Anjo Negro”. Estava armada a resistência, caso Getúlio fosse obrigado a renunciar sua volta. Uma vez, basta, diziam os aliados. Quando os opositores viram o esquadrão de frente comandado por Filinto Muller e, pelo franco esquerdo, Gregório Fortunato, recuaram os beques e foram discutir uma estratégia. Uma discussão que não acabava nunca. A covardia prevalecia. Lacerda alegava que ainda sentia dores no local onde levou o tiro. Júlio Mesquita dizia que sempre foi apenas um articulador de bastidores. Seu irmão, Ruy dizia que, por ser manco, ficaria difícil enfrentar os inimigos. Ou seja, um bando de covardes. Embora não chegasse a nenhuma conclusão, a gritaria que faziam começou a incomodar os outros “residentes”. A bagunça só terminou quando o DONO apareceu e deu um grito ensurdecedor: “Se não acabar com essa discussão vou mandar todo mundo para os Quintos dos Infernos. Silêncio total. Finalmente, Getúlio Vargas pode voltar e ocupar um lugar de destaque.
Posted on: Wed, 28 Aug 2013 18:39:13 +0000

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