Grandes são os empregos, e tudo é desemprego. Não são algumas - TopicsExpress



          

Grandes são os empregos, e tudo é desemprego. Não são algumas toneladas de vagas para exatólogos ao alto Que disfarçam a carências das humanas, que são tudo. Grande são os empregos que fazem as almas desertas Desertas porque não fazem nada por elas mesmas, Grandes porque o dinheiro transforma tudo, e tudo morreu. Grandes são os empregos, minha alma! Grandes são os empregos. Não tirei bilhete para a indicação, Errei a porta da sociabilidade, Não houve professor ou orientação que me empregasse. Hoje, não me resta, logo após a viagem, Com o curriculum atualizado esperando a sorte adiada. Sentado no Banco de Empregos repleto de vagas que não cabem, Hoje não me resta (à parte o incômodo de estar assim sentado) Se não saber isto: Grandes são os empregos, e tudo é desemprego. Grandes são as Humanidades, e valeria a pena haver Humaidade? Arrumo melhor o emprego com a simples ideia de lucrar Que com aquisição de riquezas factícias (e creio que digo bem) Acenderei o cigarro que compensará a viagem, Para adiar todas os sonhos, Para adiar um curso inteiro. Volte amanhã, Universidade! Basta por hoje, sonho! Achega-te, emprego absoluto! Inda que mais valha morrer, Que ser assim. Comprem chocolates a mim pois não tenho dinheiro, Sem cavalhinho na chuva porque amanhã Não tem vinho. Pois tenho que arrumar emprego, Tenho por força que arrumar emprego, O Emprego. Não posso levar o emprego na hipótese e a poesia na razão. Sim, toda a vida tenho tido que arrumar emprego. Mas também, toda a vida, tenho ficado sentado sobre o canto dos sonhos acumulados, A imperativar, como um verbo que não chegou ao certo graças ao interrogativo. Tenho que arrumar o emprego de ser. Tenho que existir a arrumar empregos. A minha impaciência cai sobre o atendente no balcão. Olho para o lado, verifico que apenas eu sou graduado ali. Sei só que tenho que arrumar o emprego, E que os empregos são grandes e tudo é desemprego, E qualquer merda a respeito disto, mas dessa é que já não caio mais. Ergo-me de repente todos os Presidentes(as). Vou definitivamente arrumar o emprego. Arre, hei de arrumá-lo e cuspi-lo; Hei de tê-lo sem ser hipócrita, Hei de existir independentemente dele. Grandes são os empregos e tudo é desemprego, Salvando os exatos, naturalmente. Pobre da alma Humana que deixa de ser Humana por um trabalho! (Pickwick - 2013)
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 23:14:46 +0000

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