HOMENAGEM AO DIA DO RADIALISTA. O RÁDIO VIVE ! O Furacão - TopicsExpress



          

HOMENAGEM AO DIA DO RADIALISTA. O RÁDIO VIVE ! O Furacão Sandy confirma a importância do rádio. O escritor Edgar Allan Poe, numa de suas obras, conseguiu reproduzir a desesperada tentativa de um homem, que havia sido dado como morto, gritar para todos que estava vivo. Tudo após uma experiência a que foi submetido por cirurgiões que, clandestinamente, o desenterraram depois de oito dias de um sepultamento prematuro. Pela nova dimensão dada com o advento da “grande rede” aos meios de comunicação, nesse mundo novo das mídias sociais e, principalmente, em que a digitalização passou a ser a palavra da moda, existiram muitos comentários e divagações daqueles que, prematuramente, fizeram o enterro do rádio tradicional. Mas após os acontecimentos do ano passado nos Estados Unidos, é conveniente retornar a esse assunto onde, novamente, comprovou-se que, ao contrário dos mal informados, ou, desconhecedores de sua importância, o rádio não vai acabar, pois dele, cada vez mais, a sociedade vai precisar, principalmente, nas horas incertas. Em calamidades públicas, como as que ocorreram na costa leste norte-americana, o rádio é o método mais rápido, prático e barato de comunicação de massa e muito mais que isso, o único que continua a funcionar, e isso se comprovou, pois ante todo o caos que se abateu sobre cidades de primeiro mundo como New York, todos os meios de comunicações considerados de ultima geração, não mantiveram um funcionamento continuo e confiável. Os telefones fixos e móveis, na sua maioria, ficaram mudos. O acesso a internet quando existente era lento, ou, inconstante. A TV, tanto aberta, como a por assinatura, não operava com cem por cento de suas capacidades. Mesmo as comunicações via satélite, em princípio, insensíveis ao que acontecia aqui embaixo, dependiam do funcionamento de seus terminais terrestres. Mesmo assim, se todos esses meios de comunicação estivessem operacionais, a maioria de seus usuários não teriam como dispor de seus equipamentos individuais em razão da precariedade de energia elétrica necessária para prover o seu funcionamento ou uma recarga das suas baterias, por isso muitas pessoas contariam com a boa vontade de terceiros que possuíam geradores de energia particulares. O Exemplo estadunidense, como nação de primeiro mundo e uma das detentoras das últimas palavras em tecnologia, foi bem significativo, se considerado que nos momentos de crise, muito além que um simples plano B, a atuação do rádio foi primordial para o atendimento das necessidades da população norte-americana provocadas pelo violento fenômeno natural. Foi o rádio que orientou os cidadãos, os bombeiros, Guarda Nacional, as equipes de socorro e a defesa civil locais, pois as suas redes de comunicações normalmente exploradas estavam inoperantes. Por outro lado, os radiodifusores locais, estrategicamente, optaram em deixar de lado seus moderníssimos equipamentos de transmissão digital e utilizarem seus antigos transmissores analógicos, tanto para economizarem energia elétrica como propiciarem aos seus ouvintes, essa mesma possibilidade, além de ampliar a difusão dessas informações essenciais à prestação de serviços e a utilidade pública. A velha radiofonia também teve o seu papel; radioamadores, operadores da faixa do cidadão, estações dos serviços públicos das forças armadas, guarda nacional e até mesmo, comunicadores portáteis do tipo Walkie-talkie, compuseram redes de comunicação de emergência por onde tramitavam as informações necessárias a coordenação de esforços de muitas equipes envolvidas nesse episódio, transformando em ações essa vontade de ajudar o próximo. Existiu uma grande lição que o furacão “SANDY” deu para todos os adeptos do sepultamento prematuro do rádio? Entre todas as necessidades básicas do ser humano, a informação é uma das principais, e nesse caso, o rádio constituiu-se em uma fonte fundamental. Ele foi e está sendo o companheiro das pessoas em todos os momentos. Na rua, no carro, em casa, na hora de repouso, e inevitavelmente nas horas de calamidades e emergências urgências como essa, em que ter acesso à informação faz toda a diferença, pois sendo uma mídia instantânea, seu conteúdo de urgência, foi propagado para população exatamente da mesma forma quando não se pensava na televisão ou na internet. Na Arte de Allan Poe, aquele considerado morto, ao ressuscitar, pronunciou algo ininteligível e desesperado para aqueles que foram testemunhas oculares da sua história. O rádio, de modo igual, nesse episódio, também gritou alto para que todo mundo ouvisse e entendesse que, ele ainda está vivo e que não o sepultem, novamente, de modo prematuro. Beto Tavarovsky. Leia mais: radiopanamazonica/news/o-radio-vive-/
Posted on: Sat, 21 Sep 2013 17:06:22 +0000

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