Henrique Carneiro - O HEDIONDO ATAQUE COM ARMAS QUÍMICAS NA - TopicsExpress



          

Henrique Carneiro - O HEDIONDO ATAQUE COM ARMAS QUÍMICAS NA SÍRIA! O mais provável é que realmente o governo sírio ou um setor no seu interior resolveu provocar uma polarização deliberada ao realizar um ataque com armas químicas contra bairros do front dos rebeldes. A hipótese de que um setor dos próprio rebeldes o tenha feito para acusar o governo, como é a versão oficial síria assumida pela Rússia, não é impossível, mas altamente implausível. Primeiro porque se tivesse capacidade técnica de uso desse armamento com mísseis seria incompreensível atirar sobre suas próprias posições tão duramente conquistadas e mantidas em bairros na periferia de Damasco na amplitude em que foi usado com milhares de vítimas. Da mesma forma, uma ação de serviços de inteligência estrangeiros, mesmo que não impossível, também é altamente improvável devido às dificuldades no terreno e a responsabilização que poderiam sofrer caso se revelasse de alguma forma. Em 1988 o Iraque de Saddam Hussein fez ataques de armas químicas com milhares de mortos contra o Irã, com apoio logístico estadunidense. Foi estabelecido então, em 1993, uma Convenção Internacional Sobre Armas Químicas, que teve apenas alguns países não-signatários. Alguns signatários reconheciam manter estoques. Entre os não-signatários: Israel, Síria, Egito, Mianmar, Coréia do Norte, Angola, Somália. Todas as grandes potências assinaram o tratado, mas ele exclui gás lacrimogêneo, armas biológicas, napalm, desfolhantes e outros produtos. O primeiro tratado desse tipo ocorreu em 1925, o protocolo de Genebra, contra o uso específico do gás de mostarda, amplamente usado na Primeira Guerra Mundial. As intervenções imperialistas na Síria vão ter caráter de manter domínio sobre o uso dessas armas e não ajudar de qualquer forma o povo sírio, que sofre um boicote no fornecimento de armas para o exército rebelde, proibido pela ONU de receber armamento convencional. Repudiar uma intervenção externa deve ser inseparável de condenar a ditadura síria que matou dezenas de milhares em bombardeios genocidas. Da mesma forma, ter condenado a invasão do Iraque não podia significar a defesa de Saddam ou o não reconhecimento de que ele usou armas químicas contra curdos e iranianos.
Posted on: Tue, 27 Aug 2013 03:04:02 +0000

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