Hoje, quero lembrar de uma das pessoas imprescindíveis (daquelas de Bertold Brecht). Falo de Camilo Cienfuegos Gorriarán (nascido em Havana, em 6 de fevereiro de 1932 - e desaparecido no mar de Cuba, em 28 de outubro de 1959) foi um revolucionário valente. Participou de combates intensos contra o ditador e foi um importante protagonista da luta que culminou na Revolução Cubana. Ao lado de Fidel Castro, Che Guevara e Raúl Castro, Cienfuegos fora um dos principais líderes da Revolução. Em 25 de novembro de 1956, junto com Fidel, Raul, Che e outros revolucionários, Camilo embarca no Granma do porto de Tuxpan, no México, para mudar a história de Cuba. Chegam à Ilha em 2 de dezembro. Os rebeldes planejaram começar a Revolução por Sierra Maestra e obtiveram êxito. Em seguida, Fidel Castro planejava a ofensiva final para tomar o controle das grandes cidades. Fidel e Raul marcharam com 200 homens para Santiago de Cuba, onde receberiam o reforço de outros 600 rebeldes para tentar ocupar a cidade. Enquanto isso, Che Guevara, com 148 homens, atravessava a província de Las Villas, em direção às montanhas Escambray e à cidade de Santa Clara. Camilo Cienfuegos comandava uma coluna de 82 homens, movendo-se paralelamente às forças de Che. O alvo dele era Havana. Hábil estrategista, dotado de uma simplicidade e de uma espontaneidade que se integravam, Camilo protagonizou na história de Cuba proezas imortais. Entregando-se de corpo e alma aos riscos da luta, ele desafiava constantemente o perigo. Che com certeza diria, parafreseando Vinícius (Samba da Benção): Meu abraço, parceiro e amigo querido, que já viajaste tantas batalhas comigo e ainda há tantas a viajar. Disse Che: “Camilo, foi o companheiro de 100 batalhas, o homem de confiança de Fidel nos momentos difíceis da guerra e o lutador abnegado que fez sempre do sacrifício um instrumento para temperar seu caráter e o moral da tropa. Não houve, nesta guerra de libertação, um soldado comparável a Camilo. Revolucionário cabal que não podia passar por sua cabeça a mais leve sombra do cansaço ou da decepção, homem do povo, artífice desta revolução que a nação cubana fez para si. Camilo, o guerrilheiro, é objeto permanente de evocação cotidiana, é ele que faz isto ou aquilo, ‘uma coisa de Camilo’, ele que colocou sua marca indelével na Revolução Cubana, ele que está presente nos outros que não chegaram e naqueles que estão por vir. Na sua renovação contínua e imortal, Camilo é a imagem do povo cubano.” Morreu aos 27 anos, vítima de um acidente de avião. Durante um voo de Camaguey a Havana, o avião desapareceu no oceano, o que causou grande impacto em toda a população, que durante vários dias procurou algum vestígio do líder guerrilheiro, sem obter sucesso. Rapidamente, Cienfuegos se tornou um dos mártires da revolução. “Y con Fidel también te decimos: Hasta siempre Comandante!”
Posted on: Mon, 28 Oct 2013 03:15:36 +0000
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