INVASÃO: À ESPERA DE UM LAR Cerca de 150 famílias invadiram terreno localizado entre os Bairros Edgar Pereira e Amazonas, na região noroeste de Montes Claros. Há dois meses, os pretensos moradores começaram a se organizar e começaram a construir no local. Diversas barracas de lona servem como referência dos terrenos demarcados e ponto de apoio dos invasores, caso apareça alguém com interesses de tomar o terreno. A reportagem do JN esteve no local e comprovou uma invasão organizada por parte dos militantes. Uma invasora, que pediu para não ser identificada, conta que os moradores estão organizados e que estão sendo orientados de como proceder, caso apareça alguém alegando que é o proprietário das terras. "Aqui já tem até associação. Quatro pessoas estão organizando a distribuição dos lotes e demarcando o futuro bairro. Nosso advogado contou que já verificou e o terreno, não tem dono. Mas nós estamos aqui à espera do legítimo proprietário. Tem uns 30 dias que estou aqui com minha barraca. Até o momento, não apareceu ninguém com documentos para provar que o terreno existe dono. Nós estamos esperando o proprietário chegar., se é que ele existe. Não chegou ninguém com documentos, vamos ficando e a tendência é legalizar o local", alega. De acordo com alguns dos invasores, eles estão preocupados com a criação de um bairro sem infraestrutura e com a real possibilidade de ser transformado numa favela. Um deles disse que ao saber da invasão, a Prefeitura de Montes Claros procurou saber, nos dois cartórios de registro de imóveis da cidade, quem era o proprietário, porém, segundo ele, não foi encontrado nenhum dono para o terreno. Os pretensos proprietários do terreno invadido disseram que o bairro já tem nome, associação e que em 15 dias a Prefeitura vai fazer a abertura das ruas e avenidas. "Algumas pessoas da prefeitura estiveram aqui e falaram que, infelizmente, a atual administração não pode impedir a invasão. E que a única alternativa era deixar o local com infraestrutura para nós construirmos nossas casas”. Existe dono? Alguns dos moradores que entraram em contato com a reportagem contam que o terreno tem dono. Segundo um deles, cinco pessoas de uma mesma família brigam na justiça para saber quem tem direito a herança. A reportagem do JN entrou em contato com os dois cartórios de registro de imóveis na cidade. A atendente do segundo cartório de registro informou que o local invadido é de competência daquele cartório, porém, segundo ela, era preciso informar ,mais dado para que o sistema encontre o proprietário. "É preciso de pelo menos o CPF, matricula ou nome da pessoa para que o sistema encontre o dono do imóvel", disse. Informou ainda que na prefeitura é possível descobrir quem é o dono do lugar. A reportagem entrou em contato com a Prefeitura durante toda a tarde de ontem. Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura informou que somente o setor de registros poderia informar a quem pertence tal terreno. Porém, devido ao horário, não havia funcionários para repassar tais informações.
Posted on: Tue, 08 Oct 2013 13:21:17 +0000
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