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IRMÃS DO OUTEIRO (Em reconhecimento à luta das Irmãs da congregação da Sagrada Família que estiveram e ainda militam em Aracati-CE) Cabelos à mostra Tiaras coloridas entrelaçando-os em vivo enfeite Vento que bate e espalha boa companhia Faces combatentes que se expõem ao sol... E ao olhar traiçoeiro do inimigo Irmãs que não se vergam Que não se escondem Medo que se apequena mediante coragem que voa e transpassa batalhões de soldados cumpridores de injustas ordens Com que mãos? Com que barro se modelam espíritos tão carnalmente entregues à libertação de um povo? Quem se aproxima, mesmo que sem nome, logo conquista identidade. O muro também tem dono! Ainda que apartidariamente, é preciso tomar partido. Negras, brancas, são vermelhas, são irmãs. A perceptível espontaneidade na defesa do Reino Denuncia cumplicidades com um tal nazareno Íntimas, tratam-no sem cerimônia. Um companheiro. E apresentam-no ao mundo da mesma forma. Logo, porém, distorcido, percebem-no proibido, maldito, Tal qual seu povo, tal qual seu projeto de vida plena. No altar oficial, o ouro. Nas paredes, madeixas loiras e olhos azuis acompanham-nas atentamente. Suspeitas? E se, por interação, o povo já não aceitar ajoelhar-se? E se já não procurar mais o céu nas alturas, mas a seu lado, onde está o próximo, a próxima, E onde Deus só pode existir? Uma corresponsabilidade assumida Uma ressurreição revivida Afinal de contas, como ressurgir verdadeiramente senão pelo exemplo? É o que nos ensinam as irmãs, com seus exemplos. Suspeitas?! Culpadas! Graças a Deus. Seu Jesus, então, aparece-nos pixaim, Grevista, organiza marchas, ocupações... De templos, de terras e de porões. Inadaptável, apesar da cruz e da sombra que a prenuncia. Ou fuga ou luta. Ou luta ou fuga. Medo? Não ter medo de ter medo, já nos diz o velho Pedro. Ou se luta ou se luta. Adiante, irmãs camaradas! Sacodem nossa fé com esse Jesus pescador, Operário, Sem Terra, Jesus mulher. A despeito de todo patriarcado real. Sim, nossas convicções necessitam de inquebrantáveis bases, Como os ventos que assanham cabelos que se põem em movimento. Irmãs que, sem hábito, Vestem a roupa que veste a vida do povo, Habituando-nos à simplicidade da construção de um mundo novo. Mundo nosso, onde o nosso, finalmente, Deixará de ser a demagoga in-significância de alguns poucos. Irmãs do Outeiro, Das comunidades, Do povo oprimido do mundo inteiro, Com vocês esta gente haverá de sempre contar. Thales Emmanuel.
Posted on: Thu, 26 Sep 2013 18:44:40 +0000

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