Ile pede mais investimentos para criar empregos INVESTIMENTOS - TopicsExpress



          

Ile pede mais investimentos para criar empregos INVESTIMENTOS para a exploração de agro-processamento, mineração, silvicultura e turismo, com vista a criar emprego para reduzir a pobreza, são necessários no distrito do Ile, na província da Zambézia. A administradora do Ile, Ângela Serrote, disse semana finda ao nosso Jornal que o distrito tem tudo para prosperar, desde estradas transitáveis, telecomunicações e neste momento decorrem negociações com a banca comercial para a instalação de serviços bancários e apostar no investimento público, visando o aumento da rede de infra-estruturas públicas. Ângela Serrote que falava ao nosso jornal por ocasião dos 77 anos de elevação de Errêgo, sede distrital, à categoria da vila, disse que estão criadas todas as condições de facilitação de investimentos, por isso, os agentes económicos nacionais e estrangeiros podem explorar as condições agro-ecológicas para uma agricultura comercial, pecuária, silvicultura, turismo, revitalização da rede comercial rural e os recursos minerais. O distrito de Ile tem muitos recursos minerais com particular destaque para a tantalite, usado na indústria electrónica e fabrico de tintas. Segundo a administradora distrital, mais investimentos são necessários para explorar os recursos minerais por forma a criar emprego para os jovens e para o Estado captar receitas. Para além da produção de cereais, aquele distrito atravessado pela estrada nacional número um é rico em culturas de rendimento, nomeadamente, chá e amendoim. Neste momento, decorrem os trabalhos para revitalização do chá na fábrica e plantações de Ualasse. Paralelamente, o governo distrital tem em carteira um projecto de instalação de uma fábrica para o processamento de amendoim para a produção de óleo alimentar e derivados. Ângela Serrote explicou que a direcção provincial da agricultura já adquiriu a máquina e tudo indica que dentro deste ano poderá iniciar a montagem da fábrica no Posto Administrativo de Mulevala. O distrito do Ile é o maior produtor de amendoim a nível da província da Zambézia. Dados em nosso poder indicam que na campanha agrícola 2012/2013 aquele distrito ultrapassou o volume planificado da produção da oleaginosa ao alcançar 17 mil toneladas das 15 mil previstas. Segundo ainda a administradora do Ile, o amendoim é uma cultura competitiva, porquanto está a dar dinheiro aos produtores e com os rendimentos decorrentes da comercialização e as condições sociais estão a melhorar, nomeadamente, a construção de casas melhoradas, aquisição de viaturas, motorizadas e bicicletas. “Há famílias inteiras que com a comercialização do amendoim diversificaram a sua renda; ou seja; começaram por produzir amendoim depois compraram viaturas e estão envolvidas agora no transporte de passageiros e carga diversa; para dizer que a cultura do amendoim está a criar uma mobilidade social”, disse Ângela Serrote para quem enquanto a fábrica de processamento não chega os produtores vão comercializando a sua produção nos mercados. Indicou que muito amendoim que está sendo comercializado nas províncias de Maputo e Nampula é produzido no distrito do Ile. O turismo está a precisar de investimento. Aquele distrito tem condições para implementar o turismo de contemplação devido às condições geográficas, restauração e locais históricos. Entretanto, para facilitar o escoamento dos excedentes agrícolas, o governo distrital, está a envolver as lideranças comunitárias na manutenção de estradas, no interior do distrito. As regiões como grande potencial agrícola, nomeadamente, Mulelava, Palane, Mualacama, Mugulama, Coruane enfrentam sérios problemas de acesso devido à degradação das pontes construídas ao longo da estrada. O administrador distrital do Ile reconhece o problema e afirma que a prioridade do executivo com o fundo de infra-estruturas alocado ao distrito será atacar essas regiões e pavimentar a principal rua de entrada e saída da vila de Errego. Ile conta com uma rede viária de 210 quilómetros. As estradas estão transitáveis pelo menos até as sedes dos Postos Administrativos. Não temos problema de insegurança alimentar, pois o distrito conta com 318 mil habitantes e produziu na última safra agrícola 265 mil toneladas de produtos agrícolas diversos, mas as necessidades e reservas apontam para 135 mil. SETENTA e cinco novas fontes de água serão construídas este ano no distrito de Ile na província da Zambézia, com vista a elevar os níveis de abastecimento de água à população. A administradora distrital de Ile, Ângela Serrote, reconhece que os actuais níveis de cobertura em termos de abastecimento de água não satisfazem as necessidades da população, principalmente, nas zonas do interior. Um sistema de abastecimento de água foi construído o ano passado na vila sede distrital de Errêgo, o que permitiu abastecer do precioso líquido a seis mil pessoas. Ângela Serrote explicou que este facto elevou no biénio 2011/2012 a cobertura de abastecimento de água de 21,8 para 38,2 por cento, mas o problema de insuficiência do preciso líquido continua a fazer se sentir nas localidades onde vive grande número de pessoas. Entretanto, está a melhor substancialmente o número de pessoas que têm acesso à energia eléctrica da rede nacional. Dados que apuramos indicam que a vila sede distrital conta actualmente com perto de milhões de ligações, das quais, cento e sessenta do ano passado. De acordo com Ângela Serrote, a energia eléctrica não só na vila como nos arredores, está a contribuir sobremaneira na melhoria das condições socioeconómicas da população, porquanto, nasceram várias indústrias de farinação de milho, planificação, prestação de serviços, restauração entre outros empreendimentos. O acesso à assistência médica por parte da população que vive nas zonas do interior constitui um dos maiores problemas. Cidadãos entrevistados pela nossa Reportagem na vila sede distrital afirmam que a situação é grave. Júlio Chongo, professor, afirma que há pessoas que vivem de tratamento tradicional devido ao facto de as unidades sanitárias estarem longe das comunidades. Segundo o nosso entrevistado, em média, algumas unidades sanitárias distam a vinte e cinco quilómetros, o que impossibilita os doentes de percorrer esta distância, dai que a alternativa tem sido a medicina tradicional. Jaime Pedro é vendedor de galinhas na vila-sede distrital e afirma que a falta de um bloco operatório constitui um sério problema, dai que as pessoas quando pretendem fazer pequena ou grande cirurgia têm que recorrer às Cidades de Gurúè ou Mocuba. Explicou que essa deslocação encarece os custos de transporte e hospedagem, por isso, pede ao executivo local para encontrar uma solução para o problema. Entretanto, a administradora distrital reconhece o problema e afirma que o assunto é já do conhecimento do governo provincial que neste momento está a mobilizar recursos para colocar aqueles serviços na vila. No entanto, segundo Ângela Serrote, para o plano deste ano, será construído um bloco operatório na sede do Posto Administrativo de Mulevala com apoio dos parceiros do executivo, mas reconhece que a vila sede distrital precisa de serviços idênticos, uma vez que existe um hospital distrital que também atende os doentes dos distritos de Namarroi, Norte de Mocuba e sul de Alto Molócuè. Entretanto, o distrito do Ile debate-se com falta de um banco para facilitar as transacções comerciais. A sua localização na estrada Nacional Número (EN1) facilitaria não só os comerciantes e funcionários locais como também as pessoas que transitam no sentido norte/centro/sul do pais ou vice-versa. Os moradores entrevistados pela nossa Reportagem afirmam que o problema de banco é bicudo e com barba branca e a sua falta tem vindo a reflectir-se no gasto das economias com as deslocações para Mocuba ou Gurúè, para aonde as viagens custam duzentos meticais. Júlio Chongo afirma que há vezes em que os funcionários abandonam os seus postos de trabalho para ir levantar dinheiro e uma vez naquelas cidades os sistemas de pagamento automáticos, (ATMs) não funcionam. “ Temos de esperar um ou mais dias e isso representa mais despesas de alojamento”, disse o nosso entrevistado. Justino Cantina é um habitante do distrito do Ile. Em conversa com a nossa Reportagem afirmou que a vila e os Postos Administrativos precisam de um plano de ordenamento territorial para evitar a ocupação desordenada dos solos. Segundo ele, uma indústria alimentar para o processamento da fruta poderia ajudar muito os produtores locais. Os nossos entrevistados afirmam que a falta de transporte para as localidades, insuficiência da água tanto na vila como nas regiões do interior continua a sufocar a vida da população. pt.scribd/doc/144376609/Revista-Capital-65
Posted on: Tue, 18 Jun 2013 09:19:33 +0000

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