Imaginemos ainda viver nos tempos em que podíamos ler um livro, - TopicsExpress



          

Imaginemos ainda viver nos tempos em que podíamos ler um livro, artigo, revista, jornais ou qualquer outra coisa, se apenas estivessem escritos em papéis. Bom, como todos sabem o papel é feito a partir da queda de muitas árvores, não sabemos dizer quantos eucaliptos têm de ser derrubados para fazer uma resma, por exemplo. Aí começaram a aparecer, com razão, os protetores da floresta amazônica, já que muitas de suas árvores nativas foram derrubadas para que tivéssemos papel para ler, estudar, nos informar a partir de impressões gráficas feitas nas folhas advindas do maior jardim do mundo e não víamos ou possuíamos outra alternativa para tal atividade. Mas, agora façamos uma analogia para o que está acontecendo em nossa universidade: os animais (no exemplo acima as árvores) são o nosso único, a nosso ver, meio de aprender. Não nos venham com a história de que aprender em cadáveres, bonecos de silicone é a mesma coisa, pois, há uma tênue diferença entre ambos. Não teríamos outra forma de aprender a ler, escrever, a fazer e refazer as fórmulas de matemática que aprendemos no colégio, a fazer os enormes resumos da faculdade, sem folhas de papel! Portanto, como a sociedade quer que aprendamos a cuidar dos seus “filhos” sem que possamos tocá-los, examiná-los e até mesmo acariciá-los em momentos de afeição? Atualmente, temos computadores, notebooks, tablets para que possamos ler livros, artigos, fazermos resumo. Mas, nem tudo ainda é possível fazer sem uma folha de papel. No entanto, para nós, estudantes que precisamos aprender antes de tudo o que é normal, necessitamos de animais sadios, com batimentos cardíacos normais, dentro da particularidade de cada espécie, pulso normal, TPC entre 1 e 2 segundos, mucosas normocoradas, entre outras aferições. Como faremos para examinar um animal doente se mal conhecemos o que é normal? Precisamos de um parâmetro, e é por isso que temos aulas práticas dentro da universidade, principalmente com animais sadios. A Medicina Humana e Veterinária não teriam avançado tanto, caso não tivéssemos utilizado pessoas e animais sadios e, infelizmente, tendo que sacrificá-los posteriormente. O Sistema Único de Saúde, como todos sabem, já não é lá essas coisas, salvo algumas situações, como será então, a partir do momento em que não poderemos mais utilizar animais para fazermos práticas de cirurgia? Na Medicina Veterinária será a mesma coisa, que profissionais se formarão? Antes, já saíamos com pouca prática, agora seremos apenas teóricos, e pelo pouco que sabemos da vida, ela é muito mais feita de prática do que de teoria. Garantimos que as pessoas denunciantes não aceitarão deixar seus cães, gatos, cavalos, bois, vacas, enfim, seus “filhos” serem operados por profissionais sem experiência e muito menos dependerão do SUS para uma operação, pois, sabem que terão que ser cobaias de cirurgiões que por culpa de atitudes radicais como essas, não puderam ter aulas práticas durante a faculdade. Cremos que as pessoas que denunciaram a universidade não sabem o que fizeram, não pensaram nas consequências de uma atitude radical e extremista. Fala-se tanto dos povos do Oriente Médio, por sua extrema devoção ao Deus Ala, cometendo atitudes malucas, e não se espelham neles para compreender que atitudes assim não levam a lugar nenhum, não fazem bem e principalmente, prejudicam os inocentes, no nosso caso todos os estudantes da área das humanas de nossa universidade e de outras que obrigatoriamente terão que aderir a esse movimento. Bem-estar é oferecer melhores condições de vida e sobrevivência tanto ao humano quanto ao animal, e para isso, necessitamos estar bem preparados, conhecer o normal, fazer pesquisas para que as Medicinas continuem evoluindo e um dia possamos encontrar a cura para grande parte das enfermidades que acometem homens e animais, como acontece há séculos.
Posted on: Fri, 26 Jul 2013 16:24:14 +0000

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