Incrível! Reler esta entrevista foi entrar direto no "túnel do tempo"! De repente, lembrei-me até das circunstâncias em que a li naquela edição da ISTOÉ: foi numa tarde de fevereiro de 1978, num ônibus da Cometa; mudava-me de Ribeirão Preto para São Paulo, pois havia sido aprovado no vestibular da Fuvest para cursar Ciências Sociais na FFLCH-USP. Mal tinha ouvido falar dele, e alguns meses depois o conheceria na Vila Euclides, em São Bernardo, na primeira grande greve desde 1968. Aquela entrevista foi uma quase epifania. Durante muitos anos guardaria na memória vários trechos dela, especialmente o final, prenúncio de que algo realmente novo aguardava por mim naquele fim de adolescência: "A gente tem de instalar o espírito novo. E todo meu esforço é no sentido de criar um movimento que não tenha qualquer parentesco com o passado."
Posted on: Sun, 29 Sep 2013 15:53:18 +0000
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