Interessante matéria sobre a crise na liderança. O chefe - TopicsExpress



          

Interessante matéria sobre a crise na liderança. O chefe está em crise. Ser líder hoje virou pesadelo? (por José Eduardo Costa, da Você s/a) Os subordinados questionam a autoridade dele, reivindicam decisões mais ágeis e querem um modelo de trabalho colaborativo. Exercer a liderança hoje é um sonho ruim? São Paulo - O escritor italiano Italo Calvino disse certa vez que tudo aquilo que escolhemos e apreciamos acaba bem cedo se revelando de um peso insustentável. Calvino se referia às escolhas da vida, mas a ideia ilustra muito bem a atual condição dos chefes. Liderar nunca foi tão difícil. No âmbito do negócio, o jornalista americano Thomas Friedman foi quem melhor sintetizou, no livro O Mundo É Plano (Editora Objetiva), o desafio que está posto aos gestores. Segundo Friedman, a globalização integrou os mercados e a tecnologia aproximou as pessoas. Atualmente o que acontece no mundo rapidamente tem impacto no Brasil. Um exemplo: a confirmação do novo presidente chinês, Xi Jinping, no mês passado, foi considerada ótima pelo governo brasileiro. “Xi Jinping esteve no Brasil [em 2009] e demonstrou interesse em nosso país. A tendência é de ampliação de parcerias e, cada vez mais, de atração de investimentos”, disse o embaixador Tovar da Silva Nunes, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores. Outro exemplo é o número recorde de profissionais qualificados que chegam ao país vindos de Portugal e Espanha. A crise lá repercute no mercado de trabalho aqui. Também estamos mais expostos a um oceano de informações e novos conhecimentos. Para o líder, essa evolução significou ter de conviver com o sentimento de “Estou perdendo algo?”, que gera insegurança e incerteza. Dentro das empresas, a cobrança por resultado aumentou. Enquanto esta reportagem estava sendo apurada, dois executivos sondados para a matéria perderam o emprego por não cumprir suas metas. Sérgio Chaia foi demitido depois de seis anos à frente da Nextel. “Foi um baque”, disse por telefone. Claudia Woods, presidente da Netmovies, locadora de filmes online, foi demitida dez dias depois de dar entrevista à VOCÊ S/A. Ela não fala sobre a saída. Não bastasse lidar com a pressão que vem de cima, os chefes agora têm de administrar o ativismo dos empregados, que questionam a autoridade dele e exigem decisões mais coerentes. “Vivemos um período sem precedentes em que líderes e subordinados têm quase os mesmos poderes”, disse à VOCÊ S/A Barbara Kellerman, professora de liderança na escola John F. Kennedy, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Barbara explica como se deu essa mudança nas mais de 250 páginas de seu livro O Fim da Liderança (Editora Campus/Elsevier), nas livrarias desde o mês passado. Resumidamente, o subordinado é mais bem formado e informado do que no passado. Por isso, não responde mais ao modelo de comando e controle, eternizado no bordão “Manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Hoje, o chefe precisa convencer o empregado de que tem um bom plano. “Os jovens não permitem mais que os gestores sejam controladores e autoritários, exigem que eles sejam facilitadores e que abram caminho para carreiras e oportunidades”, diz Marcio Fernandes, de 37 anos, presidente da concessionária de energia Elektro, que emprega 3 500 pessoas. O funcionário ganhou poder de influência graças, principalmente, às redes sociais, que permitem criar laços com pares e líderes de todas as áreas que têm interesses em comum. O capital político dos subalternos aumentou. O profissional também tem atualmente um leque maior de opções de carreira e a possibilidade de vender sua competência online — ele depende menos de seu superior hierárquico. “O chefe hoje é uma pessoa ansiosa e angustiada. Autor: José Eduardo Costa, da Você s/a Fonte: exame.abril.br/revista-voce-sa/edicoes/174/noticias/o-chefe-em-crise#!
Posted on: Sun, 27 Oct 2013 21:43:55 +0000

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