Lee Siegel tem um artigo publicado no caderno Aliás, do Estadao de hoje, com reflexões sobre os 15 anos do Google. Lee Siegel destaca a extraordinária força da ferramenta de buscas e o seu impacto no cotidiano, mais precisamente no nosso modo de pensar e trabalhar coma informação. Vejam emestadao.br/noticias/suplementos,o-senhor-do-pensamento,1079869,0.htm O artigo, como é típico do colunista tem uma visão fatalista do poder do Google. Cita pensadores hoje anacrônicos, como Walter Benjamin, tentando enfatizar uma ideia de hegemonia. Sou mais simplório. A grande, suprema virtude do Google e retirar esforço da busca da informação. Adaptando um pouco os conceitos de Kahneman e Tversky, o Google facilita o trabalho do Sistema 2, liberando energia e esforço para o trabalho intelectual. Claro, ao subverter o tempo e o processo até há poucos anos natural de absorção e processamento da informação e a geração de conhecimento, o Google tornou-se motor de produtividade e também de vaidade - investigar o próprio capital social, por exemplo. O Google mudou a gestão do tempo intelectual e nosso aparato mental ainda está aprendendo a lidar com isso. Ficar remoendo nostalgias sobre como fazîamos antes do Google é quase covardia intelectual. Estes são os tempos. Estes são os recursos. Frutos do engenho humano, para o bem ou para o mal. No caso do Google, mais para o bem, evidentemente.
Posted on: Mon, 30 Sep 2013 02:55:38 +0000
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