Lembro-me de ter mostrado minha poesia que falava sobre A Volta de Zé Leal à minha prima Eulália, recentemente falecida e ela ficou muito feliz porque eu fiz para ela. Vou publicar em homenagem daquela que foi uma grande amiga. Que Deus a tenha. Você lembra? Você lembra, Eulália, quando na adolescência a gente folgava, Pela Volta de José Leal, livres, inocentes e divertidas? O córrego no vulcão fétido e sujo pela areia cavalgada. Em busca de outras plagas pra nós desconhecidas? I Você ainda lembra do perigo constante que rondava, A curva sinuosa que ceifava tantas vidas? Quando eu brincava com o perigo e o desafiava. Com atitudes inconseqüentes e atrevidas? II Bodocongó, quantas vezes tomei banho em seu açude. Cartão postal do bairro, com a margem repleta de juventude. Vejo-o morrendo agora e isso dói em mim. III Olho o açude e sinto me cortar o coração. Quando o vejo já pequeno em sua extensão. Soterrado pela terra e coberto por capim. IV. Tudo passa Eulália, no entanto as lembranças ficam. E são elas que vêm e que testificam. Que foi um tempo bom, mas que não vai voltar. VII A difusora do bairro, o sucesso do momento. De vez enquanto eu sozinha ainda tento Colocar velhos discos de vinil para ouvir e recordar.
Posted on: Thu, 14 Nov 2013 15:59:07 +0000
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