Manifesto (“o educador precisa ser educado”) Versão - TopicsExpress



          

Manifesto (“o educador precisa ser educado”) Versão 15/06/2013 Nos dias de hoje, é necessário se ampliar o diálogo sobre a democracia participativa, a relação entre o individual e o coletivo, a intolerância e o oportunismo chauvinista. Os antigos militantes dos movimentos populares conhecem as repugnantes práticas e intolerância das ditaduras de plantão, construíram e acentuaram os espaços de participação e controle social nas políticas públicas. Porém os novos militantes precisam ser avisados e advertidos sobre as maléficas práticas de pseudos educadores e militantes que atuam em causa própria, como os antigos tiranos – aqueles que se autorgam o direito de se liberarem, realizam suas vontades, enquanto negam e reprimem os interesses dos outros. É importante lembrar que não existir um único tipo de democracia e caminho para o socialismo, com regras estáveis, permanentes, mesmo porque, cada sociedade tem seus próprios interesses, que mudam ao longo do tempo e se diferenciam conforme o território e a cultura, a democracia segue princípios e práticas muito diferentes das práticas da tirania e do fascismo. Partindo-se do princípio de que a democracia, ainda é a melhor forma da sociedade se construir e crescer com paz duradora, de pactuar suas deliberações e permitir uma convivência mais justa possível e respeitosa. Suas decisões precisam refletir a exuberância da maioria sem deixar de lado as minorias, tem de conter os interesses de todo o coletivo e o principal instrumento tem que ser o diálogo e o convencimento que mantenha em aberto um processo inesgotável de negociação. O esforço democrático será insistentemente o de garantir o espaço político a todos os grupos sociais, de gênero, étnicos, religiosos, partidários, territórios etc. Uma verdadeira e vigorosa democracia não pode e não deve se orientar por nenhum credo, seja este ideológico, cultural, político, mas pelas necessidades dos cidadãos que devem poder se expressar em todos os processos de construção e edificação de uma sociedade democrática. Por isso e de forma transparente, as práticas democráticas devem ser laicas – livres de quaisquer orientações religiosas e respeitar a pluralidade político/cultural da comunidade, suas forma de manifestações e modos diferentes de produzirem e se reproduzirem. As praticas reacionárias, autoritárias e fascistas, que negam a realidade e as diferenças de um País como o Brasil, formado muitos povos e culturas acontecem sempre da mesma forma e em vários níveis da vida nacional: 1. Liberam-se para conquistar e atenderem seus interesses enquanto negam aos outros o direito de participarem e decidirem sobre seus interesses; 2. Favorecem insistentemente os mesmos grupos e pessoas; 3. Usam a coisa pública sempre em causa própria; 4. Não permitem nenhum processo de alternância e ou rotatividade de participação; 5. Seus atos excluem territórios, regiões e culturas diferentes; 6. Tomam posição igual dos opressores. Os movimentos populares não podem ignorar tais práticas sob pena de permitirem a insustentável ganância e intolerância de poucos enterrarem os sonhos e perspectivas de paz e crescimento com justiça e equidade da humanidade. As práticas reacionárias e autoritárias presentes em todas as instâncias de participação sejam governamentais ou da sociedade civil, ressalvando-se raríssimas exceções, representam uma ameaça concreta a democracia e favorecem o retorno de práticas tirânicas e excludentes, corporificam um atentado aos direitos humanos e a cidadania. Hoje, deverá começar a Conferência das Cidades de Belém o MOPS questiona os critérios diferenciados propostos por apenas quatro movimentos, a CMP, a CONAM, a União e MNLM. O processo de inscrição começou com a inscrição de duas pessoas por entidade, houve ainda a exigência absurda da presença dos dois propostos pela entidade no ato da inscrição, no dia seguinte começou uma barganha desses quatros movimento que queria para cada um 40 vagas, para o PAC 20 e os outros se blocassem, Depois baixou para 33 vagas por movimento para o PAC 20 e os outros se blocassem, tentaram impedir que entidades e movimentos continuassem a se inscrever dois por Entidade porque teria mudado os critérios, fato verificado que não era verdade, eles queriam apenas que as pessoas se inscrevessem por eles. Hoje, está uma coisa esdrúxula, existem as inscrições com dois delegados e eles ainda exigem, porque se acham melhores que os outros ou pelo menos merecedores desse critério absurdo 26 delegados por movimento deles e os outros com dois cada, querem na verdade uma reserva de mercado para estabelecerem uma falsa maioria. Para manter nossa coerência e não nos confundirem com essas práticas oportunistas e fascistas não aceitamos nenhuma dessas vagas para o MOPS e repudiamos integralmente a diferença de critérios para o mesmo seguimento isso é um absurdo. Nada justifica esse critério, a não ser uma postura intervencionista de quatro movimentos que se acham melhores que os outros que atuam em Belém e devem se submeter a eles. A posição dos quatro movimentos cria grande problema para a CMP, pois, dela o MOPS faz parte, porém não concorda com esses critérios, mostra o tamanho da dificuldade de se construir a CMP com lideranças antigas e carcomidas que sempre retornam com seus sonhos de serem iguais aos opressores. Caso essas posições passem a predominar na CMP o MOPS deverá discutir inclusive a sua permanência na construção desse projeto de Central de Movimentos Populares. Belém, 15 de junho de 2013. Gerson Domont Coordenador Estadual do MOPS
Posted on: Sat, 15 Jun 2013 12:48:30 +0000

Trending Topics



Recently Viewed Topics




© 2015