Meu resumo desta semana, principalmente na atuação como - TopicsExpress



          

Meu resumo desta semana, principalmente na atuação como professor atuando com jovens que vivem seus momentos de autoafirmação, de expansão e contração de território, de emoções, de dúvidas, de explosão hormonal, de identificação vocal, de contemplação pubiana, de olhares de caça, de preparação de danças do acasalamento, de escolha do melhor sutiã, da identificação com o espelho, das recusas infundadas, das aceitações inconsequentes... e tudo o mais... Minha lição apreendida: É PRECISO LER AS ENTRELINHAS, SEMPRE, QUANDO O ASSUNTO É A JUVENTUDE. Jovem contesta, protesta. o seu mundo não é o meu mundo. Embora eu esteja nele (no mundo do jovem), eu sou uma espécie de fantasma. Um avatar, uma second life, uma alma perdida, sou um estranho, com procuração com plenos poderes para interferir em sua vida. Sem nenhum grau de parentesco que justifique tal interferência. Sim, eu, que quando jovem, também não entendia tal poder constituído e envolto em uma aura de sacerdócio manipulador. Não entendia porque minha mãe não gritava comigo e o professor podia me chamar de burro, porque eu não entendia o que era aquelas letras que identificava o tal Cloreto de sódio (não deveria ser ClSó?)... Mas voltando ao século XXI, aos jovens atuais, à esta semana que culmina hoje. Jovens vivem crises pelo abandono familiar, têm seu quarto particular, seu mundo, e são solitários ali. Os pais (homens) não conversam com seus filhos sobre pentelhos, sobre a variação de voz que ridiculariza o jovem nesta fase. Não conversa sobre como "cuidar de passarinhos". As mães não conversam com suas filhas sobre "a sensibilidade das pererecas", sobre colinas que se formam no corpo, sobre curvas. Substituem estes momentos pela "shoppingterapia". Qualquer crise, pode ser substituída por um produto industrial. Resta um território que deveria ser neutro, onde o jovem deveria se sentir bem: A ESCOLA com seus professores. Ele chega "despreparado", "cheios de vícios", "cheios de manhas", cheios de incertezas, querendo amor, querendo amar e, sem saber como pedir, sem saber como dizer. PRECISA SER FORMATADO, E DELETADO QUANDO NÃO INTERESSA! Jovens evidenciam suas crises, QUEREM SER, QUEREM ESTAR. Sofrem calados, mas um calado que faz barulho, que revela um pedido de socorro a quem souber ler as entrelinhas. Jovens trazem reflexos de suas famílias. O jovem pede socorro no comportamento mas o socorro não é só para ele, deve ser também para sua família. Nas entrelinhas lidas, e analisadas, esta semana percebi, jovens alunos sensíveis e honestos, que fazem cara de "marrentos", que ponderam, que negociam mas, choram, tremem, temem, mas resistem. Eles não querem o MEDO, querem respeito. Eles querem VOZ... e as indicações dos caminhos possíveis para que sejam cidadãos em sua plenitude. Eles querem o AFETO. DÚVIDAS, estas eles já trazem desde o nascimento. Eles querem TER CERTEZA de que tudo pode mudar se houver PONDERAÇÃO, DIÁLOGO. Esta semana aprendi muito, com jovens que querem aprender, e com outros que vão demorar um pouco mais, sobre a ÉTICA, sobre a HONESTIDADE de assumir as falhas. Nas entrelinhas, pode estar a chave do segredo, a essência da mensagem. Mas... quem perde tempo lendo entrelinhas? Hoje vou dormir tranquilo... agradecendo a confiança que eles tiveram em mim e acreditando que isto vai contribuir para que as melhorias aconteçam. AMANHÃ QUERO ESTAR EM CONDIÇÕES DE COMPREENDER MELHOR E MAIS RÁPIDO, AS ENTRELINHAS - MENSAGENS SILENCIOSAS QUE SE CONDENSAM NO COMPORTAMENTO VISÍVEL. O que se vê, pode não ser só aquilo que os olhos captam. Em determinados momentos é melhor deixar o coração agir um pouco mais. José Marcos Barreiros Alves, 23/08/2013 22:37
Posted on: Sat, 24 Aug 2013 01:37:57 +0000

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