Moçambique | Tensão DESARMAMENTO DA RENAMO DEVE TRATAR-SE COM - TopicsExpress



          

Moçambique | Tensão DESARMAMENTO DA RENAMO DEVE TRATAR-SE COM CAUTELA -Lourenço do Rosário, reitor da Universidade “A Politécnica” -Ao tirar algo importante de outrem deve oferecer em troca outra coisa do género iN: macua.blogs Maputo, Segunda-Feira, 8 de Julho de 2013:: Notícias (...) Entretanto, o reitor da Universidade “A Politécnica” defende que o Governo deve tratar com muita cautela o desarmamento da Renamo, por entender que este é o principal trunfo que esta organização detém para pressionar ou, inclusive, fazer chantagem nas conversações que mantém com o Executivo e na sua relação com os moçambicanos. Para Lourenço do Rosário, quando alguém quer tirar algo importante de outrem deve oferecer em troca outra coisa do género e no seu entendimento não lhe parece que presentemente o Governo esteja preparado, abertamente do ponto de vista do diálogo, algo que possa dar à Renamo em troca do seu desarmamento. “Ainda não ouvimos e não sabemos o que o Governo pode dar em troca do desarmamento da Renamo. O Executivo até pode tornar a Renamo num partido ilegítimo por estar armada, o que num país de direito como o nosso, não é permitido. Mas, se ilegalizar a Renamo, o que vai acontecer a posterior?”- questionou do Rosário para quem há uma série de questões que devem ser colocadas na mesa e que ainda não o foram. O Reitor de a “A Politécnica” teceu estas declarações, semana passada, em Nacala, momentos depois de proceder ao lançamento da primeira pedra do futuro edifício daquela instituição de ensino superior naquele ponto da província de Nampula. Questionado se haveriam outras questões que o líder da Renamo gostaria de dizer algo mais do que as reivindicações que já foram tornadas públicas, à volta do pacote eleitoral, despartidarização do aparelho do Estado e das Forças de Defesa e Segurança e a distribuição da riqueza, o reitor da “A Politécnica” disse desconhecer se Afonso Dhlakama teria outro objecto a introduzir neste diálogo. “O que sinto é a sensibilidade e abertura que o Presidente da República tem para resolver este problema o mais rapidamente possível, até porque estamos num momento muito delicado em que decorre o calendário eleitoral e não se pode gerir este processo em simultâneo com um conflito com contornos político-militar, um facto extremamente complicado”, enfatizou. Neste contexto, classificou o iminente encontro entre o Presidente Armando Guebuza e Afonso Dhlakama, de extrema importância para a estabilidade sociopolítica do país. Contudo, Lourenço alertou que tal reunião deve ser preparada com o maior cuidado possível por existir um elemento e interlocutor no meio, que apesar de estar constituído como um partido político, num Estado de direito, viola a sua legitimidade por estar armado. Para este académico as eleições que vão ter lugar em Novembro nas 53 autarquias do país e as do próximo ano devem ser momentos de festa, porque é assim que o povo quer e deseja e não quer estar com medo de ser atacado ou preso, porque isto não funciona numa democracia. “Moçambique foi ao longo dos últimos 20 anos apontado como exemplo de boa gestão de paz. Então é necessário que os nossos dirigentes sejam criativos e encontrem formas de sair desta crise. Não sei se Dhlakama quer dizer mais alguma coisa ou não sei se já disse tudo e nós é que ainda não ouvimos ou entendemos o que está a dizer”, observou Lourenço do Rosário.
Posted on: Mon, 08 Jul 2013 08:15:33 +0000

Recently Viewed Topics




© 2015