NOSSO AMOR DE CADA DIA Para Maumau e aos que sabem sonhar Quero poetizar o amor, alem de tudo! O amor “sacaneado” do operário rudo Que vai dormir sem banho e sem ternura. O amor lendário dos velhos romances Que a gente julga impossível Mas que vivem no tempo e são eternos. O amor da ginasiana corrompida. O amor secreto Da velha madre de saia comprida O amor do soldado e do grevista. Quero, acima de tudo, em minha pena Poetizar o amor de Madalena Pelo último padre da aldeia. Quero cantar o amor á liberdade Na limitado pelas vis cadeias Dos compromissos sutis, das alianças... O amor santificado da criança, O amor eterno que a tudo movimenta. O amor da moça faminta, que amamenta Com substratos de sangue a sua filha. O amor de Zezinho por Maria O amor que se vendeu e foi traído. O amor que se deu e corrompeu-se O amor corriqueiro desta vida, Desde a lágrima da alma ressentida Ao acenar da folha ressequida, Que no outono se desprende do galho e docemente cai. Desde o amor inicial da adolescente, Cheio de sonhos, puro, inocente, Ao amor das infiéis, oculta nos motéis. Quero cantar o amor...quero cantar o Amor! **Moysés - São Paulo 26.04.1977
Posted on: Thu, 12 Sep 2013 14:47:05 +0000
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