NOTA DA EXECUTIVA ESTADUAL DO PSOL SOBRE PESQUISA ELEITORAL DO GRUPO RBS A Executiva Estadual do PSOL vem, por meio desta, se pronunciar sobre a última pesquisa eleitoral encomendada pelo Grupo RBS ao Ibope Inteligência. Após ler a reportagem publicada pelos jornais do grupo em 5 de outubro deste ano, a direção do PSOL estranhou um fato inusitado: dois possíveis nomes do PSOL ao governo de Santa Catarina não apareciam nas fichas apresentadas ao eleitor nos seis cenários estimulados de intenção de voto, mas apenas, nos cenários de rejeição. Nossa surpresa foi ainda maior quando tivemos acesso ao relatório completo do Ibope Inteligência, no site do instituto. Há um único cenário onde os nomes do PSOL são testados. Porém, trata-se de um cenário irreal, pois apresenta, ao mesmo tempo, três candidatos do PT (Claudio Vignatti, Ideli Salvatti e Décio Lima), dois do PSOL (Afrânio e Elson Pereira), dois do PMDB (Mauro Mariani e Dário Berger), dois do PP (Angela Amin e Joares Ponticelli) e apenas um do PSDB e PSD (Paulo Bauer e Raimundo Colombo, respectivamente), totalizando 10 candidatos. Mesmo se considerarmos a hipótese de que este cenário foi testado para “selecionar os melhores nomes” dos partidos, a exclusão de possíveis candidatos do PSOL não se justifica. Ao ler o relatório detalhado, observa-se que Afrânio Boppré tem mais citações individuais do que o atual presidente da Assembleia Legislativa, Joares Ponticelli, e também é mais citado do que o deputado federal e ex-prefeito de Blumenau Décio Lima, apesar de no arredondamento todos aparecerem com 1% dos votos. Porém, nos demais cenários publicados pela RBS, apenas o nome de Afrânio é excluído. Perguntamos: Por que? Em outras palavras, qual é o critério de exclusão dos cenários de pesquisa? Mesmo marcando apenas 1% de intenção de votos no estado, a mesma pesquisa mostra que o vereador Afrânio tem potencial de voto de até 8%, somados os eleitores que declararam “com certeza votaria” e “poderia votar”. Além disso, o vereador do PSOL aparece na segunda colocação na capital, atrás apenas de Angela Amin. Afrânio soma 7% das intenções de voto em Florianópolis, com potencial de voto de 33% na capital. Elson Pereira, testado no mesmo cenário contra Afrânio, soma 2% das intenções de voto com potencial de 20%. Resultados muito mais expressivos dos que foram obtidos por Décio Lima e Ponticelli, que não foram excluídos dos demais cenários. Outro dado importante pouco explorado pela RBS é o fato do governador Raimundo Colombo ser um dos últimos colocados na capital. Dos 10 nomes apresentados, cinco não pontuam. Colombo amarga apenas 2% dos votos, mesmo sendo governador e tendo à disposição toda a máquina pública e seus altos investimentos em publicidade, em especial, no programa “Pacto Por Santa Catarina”. O PSOL ressalta que, nas eleições de 2012, já foi “vítima” de pesquisas eleitorais RBS/Ibope. A última pesquisa divulgada para a prefeitura de Florianópolis, dois dias antes das eleições, apontava o então candidato Elson Pereira com 5% das intenções de voto. Ao abrir as urnas, comprovou-se que o Instituto errou a votação obtida pelo PSOL em quase 10 pontos. O PSOL ressalta ainda que terá chapa completa nas eleições do ano que vem, com candidaturas ao governo, senado, deputados federais e estaduais. Os nomes em discussão no partido para concorrer a governador são do vereador Afrânio Boppré, do deputado estadual Sargento Soares e do professor Elson Pereira. Florianópolis, 19 de outubro de 2013
Posted on: Sun, 20 Oct 2013 00:01:50 +0000
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