Na Galiza acontecem muitas casualidades. Olhai um exemplo: 1. As - TopicsExpress



          

Na Galiza acontecem muitas casualidades. Olhai um exemplo: 1. As Fragas do Eume, um dos nossos mais valiosos tesouros naturais, é um parque natural galego criado em 1997 e que abrange 9126 ha2 nas beiras do rio Eume, concretamente nos concelhos de Cabanas, A Capela, Monfero, Pontedeume e As Pontes de García Rodríguez, todos eles da província da Corunha. Está também declarado como Lugar de Importância Comunitária, dentro da Rede Natura 2000 coincidindo os seus limites com os do Parque Natural: pt.wikipedia.org/wiki/Fragas_do_Eume 2. Em 2005, começa a tramitação duma mina a céu aberto de andaluzita dentro do parque natural. Inicialmente a Xunta ia dar as autorizações, mas a União Europeia intervém, e em 2006 é paralisado. Com a entrada do PP no governo, em 2010 continua-se a tramitação, e a oposição a esta mina: picovello.blogspot.es/ 3. Em 2011 a União Europeia adverte ao governo autonómico do grande valor desse espaço e da necessidade de protegê-lo e ampliá-lo, pois a delimitação do parque natural é insuficiente. Insta ao governo autonómico a fazer urgentemente uma ampliação, como já vinha fazendo desde que se aprovou a Diretiva Habitats que define a rede europeia de espaços protegidos, conhecida como Rede Natura, desde sempre insuficientemente delimitada e protegida na Galiza. Ante a pressão da UE, em 2012 o governo do PP finalmente se vê obrigado ampliar essas áreas protegidas, mas continua a fazê-lo de forma insuficiente. Em março de 2012, diversos coletivos ambientalistas galegos fazem propostas de ampliação da Rede Natura, e dentro dessa ampliação, o parque natural e LIC das Fragas do Eume deve ampliar os seus limites, justificando os motivos ambientais para fazê-lo: adega.info/info/090121joomla/novas-adega-ferrolterra/720-rede-natura-2000-propostas-de-ampliacion-aportacions-das-comarcas-ferrol-eume-e-ortegal 4. Imediatamente, em abril de 2012 ardiam as Fragas do Eume, ficando seriamente danados os seus habitats, e fica paralisada a sua ampliação: ccaa.elpais/ccaa/2012/03/31/galicia/1333215508_618872.html 5. Um mês depois, o ministro espanhol Árias Cañete foi lá fazer a foto e prometer uma importante quantidade de dinheiro para a recuperação das 540 hectares queimadas. Como é habitual, esse dinheiro nunca se destinou lá, e no Decreto RD 25/2012 onde o Estado definia o orçamento para a recuperação das áreas queimadas em incêndios, o parque natural das Fragas do Eume ficou excluído. A Xunta não reclamou nem um euro. E também não destinou um céntimo do dinheiro autonómico para essa recuperação, contudo a existir desde 1997 um Plano Diretor de Usos e Gestão do parque natural que assim o exige: ccaa.elpais/ccaa/2013/03/31/galicia/1364759891_523319.html 6. Em junho de 2013, a desaparição dos habitats e das espécies protegidas permite aprovar este parque eólico com torres de 184 metros sem avaliação de impacto ambiental, e contra as recomendações dos técnicos da própria administração: ccaa.elpais/ccaa/2013/06/22/galicia/1371928197_877940.html Mas não me façais muito caso, que isto são casualidades, o incêndio das Fragas do Eume foi culpa da meteorologia, e eu sou um conspiranoico, ninguém se está a lucrar nem se lucrará no futuro graças a esse incêndio.
Posted on: Thu, 05 Sep 2013 17:17:59 +0000

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