Nem tudo são Flores, com Márcio Flores A luta de ontem trouxe - TopicsExpress



          

Nem tudo são Flores, com Márcio Flores A luta de ontem trouxe ao conhecimento do brasileiro 2 nomes do esporte que, para a grande massa, pouco se ouvia falar. Roger Mayweather e Canelo Alvarez. De um lado a hegemonia americana e o poder da imagem dos "gringos" como dizem os mexicanos, e do outro um também campeão mexicano tentando a sorte. De um lado todo o poder do marketing esportivo, do entretenimento, das grandes cifras e, do outro, um jovem com 6 irmãos e um pai. Todos em cima do ringue. Mas o que sustenta um atleta de 36 anos, 13 anos mais velho que o oponente, a manter o foco nos negócios e ser o atleta mais bem pago do mundo na frente de nomes como Tiger Woods, Roger Federer e Messi? Os americanos sabem fazer marketing como ninguém. Eles de fato são os reis do entretenimento. Eles mascam chicletes. E de boca aberta pra intimidar o adversário. Eles vivem salvando o mundo. Quando tudo está quase no fim, quando a bomba está quase pra destruir o planeta, aparece um americano, com a bandeira no peito e doa sua vida em nome da humanidade. E a gente viu essa cena desde criancinhas, em desenhos, na ficção, e nos filmes do Steven Spielberg. Marketing não é somente o que se declara abertamente ser marketing. Marketing é atitude. É a entrelinha. Marketing é a maneira que uma pessoa se apresenta frente a um adversário. Money, como é chamado o americano, apareceu com um rapper famoso com Justin Bieber ao seu lado. Justin bieber nem abriu a boca. Só colocou seu boné e óculos escuros, e fez pinta de artista. E o mundo compra isso. O hino americano também foi executado por um super cantor da cena fonográfica americana. Ainda estavam presentes nomes como Denzel Washington, Jack Nicholson, e Michael Phelps. Os caras são os reis do espetáculo! E eles usam isso a favor deles. Nós brasileiros, ainda vemos graça em mostrar nossa cruel realidade. Quando nossos cineastas resolvem rodar um filme, sempre caímos na mesmice da miséria, do tiroteio na favela, do malandro que se dá bem. Pra vocês terem uma ideia, li recentemente um livro do Wood Allen (cineasta americano) onde ele dizia que durante um grande período do cinema americano, eles censuravam os desfechos das historias. Por exemplo, um cara que havia traído a mulher, nunca poderia se dar bem no final do filme. E isso criou, lá atrás, uma falsa realidade das coisas e dos temas em debate. Mas pelo menos eles tinham uma diretriz: "Não queremos que os americanos traiam suas mulheres". E nós? Também deveríamos ter a lei da censura pra criar finais felizes nas historias?? Será que a gente não vai nunca conseguir mostrar o lado forte do brasileiro? Somos um povo batalhador. Nós trabalhamos com sangue nos olhos pra fazer acontecer. Estamos na frente de um país em plena ascensão. Cada objeto consumido por nós, seja uma TV de plasma, um carro, ou uma viagem, projeta nossa economia pra frente. Nos faz mais fortes. Cada pessoa que "compra uma briga" no seu macro ou micro ambiente, reivindica um futuro melhor pra nós, brasileiros. A minha reinvindicação é para que os "marqueteiros" brasileiros, que somos todos nós, mudemos a percepção quando formos vender nosso país aos gringos. Como quando você vai vender seu carro e só conta o que é bom nele. Claro, você quer vender o carro. E o seu país?? Você não quer vender? Roupa suja a gente lava em casa. Pra eles temos que contar a nossa história, para vender o carro por um preço bom. Vai ser bom pra todo mundo! O brasileiro deve se preocupar com nossa imagem lá fora. A expressão que criamos " imagina na Copa" já é conhecida no mundo inteiro. Gente, isso faz mal para o Brasil. Isso cria uma pulga atrás da orelha do investidor. Isso faz com as empresas ascendam uma luz vermelha quando nos colocam em evidência. Os americanos construíram a história deles em cima de contos. Dizem até que o homem nunca pisou na lua. Verdade ou mentira eles estão o tempo todo inventando alguma coisa. Eles superam tudo, eles tem um presidente negro, eles colocam bandeiras na porta de suas casas, eles comemoram até a desgraça. Eles fazem um mega evento pra comemorar o ataque de 11 de setembro. E nós? A gente pede pra tocar música estrangeira no rádio! A geração Y parece fazer questão de achar que tudo que é nosso é brega! Nossas bandas estão cumprindo "cota" nos grandes festivais de música no brasil. Ninguém vai no show pra ouvir Paralamas. Assistem Paralamas para pegar um bom lugar para Alicia Keys. Não que não seja bom, mas temos que valorizar o que é nosso. Temos que contar uma nova história. Temos que investir na cultura local e falar bem dela. Falar mal do Brasil é falar mal de nós mesmos. Você constrói o Brasil. Eu construo o Brasil. Quer falar mal do Brasil, feche as janelas de casa, tranque a porta e desça a lenha. Mas levar nossos problemas ao conhecimento mundial não é inteligente.
Posted on: Thu, 19 Sep 2013 15:30:59 +0000

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