Nestes dias de LUTA, e todos os são, não podemos esquecer que - TopicsExpress



          

Nestes dias de LUTA, e todos os são, não podemos esquecer que somos Cariocas. Cariocas são bacanas, cariocas são dourados como canta a Adriana. É praia é mar é céu azul. A Bossa Nova. O barracão de zinco pendurado no morro. O "Livre do açoite da senzala, preso na miséria da favela" como diz o samba de Mangueira. E sou Salgueiro, nem melhor, nem pior que as outras, apenas diferente. Não sou Sergio Pai. Deus me deu a clemência de, como filho, não dar tal desgosto. No fundo, tenho mesmo pena deste que não me governa e não me representa. Ao mesmo tempo, não posso ter pena. Pouco me afeta ele: IPVA um dos mais caros do Brasil, IPTU idem, uma UERJ de M. para formar mão de obra barata, uma praia ou outra poluída; como classe média, o q mais me afeta? Afeta levantar e ver seres humanos dormindo na rua, pensar em que futuro, se existe para eles. Afeta ver uma criança jogando três limões ao ar, sem saber pegar ou o que faz ao cair. Afeta saber que eu tenho um estado de direito; pessoas de "favelas" não. Afeta saber que eu tenho Unimed; pessoas não. Afeta a minha vida, a de Paulo Freire, de Thiago de Mello, Darcy Ribeiro e de tantos que acreditaram na utopia de um Brasil sem povos, sem marcas ou classes ou divisões. Na verdade, somos os derrotados, pois aceitamos o jogo de cartas marcadas. Quando a solução encontra-se ao seu lado. Com seu amigo, sua comunidade, seu vizinho, seu bairro. Compras coletivas, comércio solidário, troca e Banco de serviços, Banco comunitário, moeda própria, trabalho voluntário por vezes, solidariedade. Uma última palavra, uma palavra só. Que transformou um regime inteiro na Polônia. Não sou leninista, mas alguém tem que dizer uma palavra apenas. Uma palavra para dormir e levantar; repetindo. A minha é Liberdade para amar, para sofer, para viver, para ser humano. Qual a sua?
Posted on: Wed, 17 Jul 2013 05:44:59 +0000

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