No Brasil existe o mito das 3 raças, que diz: no nosso país existem negros, brancos e amarelos. De certo essas três deram origem a miscigenação racial do nosso país, porém, uma herança de nossos ancestrais índios, europeus e africanos não se extinguiu com essa mistura encantadora, o preconceito. Sim ele existe e é visto em todas as classes sociais, mostrando que o problema das diferentes cores no Brasil não é um problema racial mas sim cultural. Agora falando um pouco da polêmica das cotas em concursos... O quê significa então tirar 20% das vagas em concursos das pessoas que não são negras? Significa que as pessoas que não são negras, como os brancos, amarelos, cafuzos, mamelucos, mulatos e caboclos terão menos 20% das vagas para entrarem em um concurso federal, ou seja, se o edital é aberto com 100 vagas as pessoas que não são negras, apenas irão concorrer a 80 dessas vagas e os negros a 100 delas. Em um país onde a desigualdade atinge a todos, negros, brancos e amarelos, mas principalmente aos negros e amarelos essa parece ser uma solução genial se viesse acompanhada de uma política de reforma cultural e na educação oferecida a estes menos favorecidos, porém não é isso que acontece e direi o porquê. O governo discrimina abertamente parte da população, excluindo esses de um concurso ou uma faculdade, aumentando o preconceito e indignação dos que ficaram de fora. Sem uma base cultural e educacional a desigualdade se alastra sem controle, pois claramente as pessoas de maior status financeiro podem usufruir de serviços de melhor qualidade, pagando. Em contra partida os menos favorecidos, negros e os índios, podem apenas explorar os serviços precários que lhes é oferecido pelo governo. O que quero dizer é que qualquer forma de conta e distribuição de renda que não seja acompanhada de uma melhora nos serviços básicos de educação está condenada ao fracasso no longo prazo, pois qualquer tipo de cota é tapar com um esparadrapo a ferida aberta da educação e cultura no país.
Posted on: Thu, 07 Nov 2013 19:17:07 +0000