No dia seguinte telefonou a irmã a perguntar pela Constança, - TopicsExpress



          

No dia seguinte telefonou a irmã a perguntar pela Constança, queria saber tudo dela, ouviu a irmã dizer alto, pergunta-lhe tu. E sem ter previsto tal situação deu-se a falar com Constança e a convida-la para almoçarem, como era de esperar, Constança declinou amavelmente o convite e passou de volta o telefone á irmã. Nessa noite chegou a casa da irmã e não descansou enquanto não obteve resposta a todas as suas perguntas. Queria saber quem era, que idade tinha, onde morava, que perfume usava, etcetc. Ana com uma paciência infinita foi respondendo ás suas perguntas, mas sempre foi avisando que Constança era casada e bem casada e pelo que conhecia dela não era mulher para se envolver em affairs nem em casos de uma só noite, pelo que era melhor ele não pensar muito nela e ir procurar uma pita ávida de atenção. Mas Tomás pensava nela, tinha gostado do seu jeito tímido e delicado e não conseguindo definir muito bem tinha achado que havia química entre os dois, estava disposto a conhece-la melhor e a irmã era a sua porta de entrada para a amiga. Saiu de casa da irmã já noite dentro, tinha ficado para jantar e passara o resto do serão a falar com o João, o namorado da irmã, ou o príncipe como ela carinhosamente o tratava. João gostava de desporto e tal como Tomás era benfiquista. Sempre que estavam juntos passavam horas a discutir as novidades do clube ou a opinar sobre o que faltava ao Benfica para ser outra vez o glorioso. Tomás como jornalista desportivo era uma fonte credível para o cunhado. Vivia relativamente perto da irmã, aliás vivia perto das 3 irmãs e da mãe, como elas diziam, ele vivia estrategicamente posicionado entre as 4. O seu apartamento situava-se no alto dos moinhos, perto do estádio da luz, Ana morava na estrada de Benfica, como a mãe já Maria e Leonor viviam em telheiras. Demorou menos de 5 minutos a chegar a casa, deitou-se no sofá e tentou pensar numa forma de convencer Constança a almoçar com ele, 1 hora depois chegou a conclusão que tinha de ter a ajuda da irmã, se Constança fosse realmente como a irmã lhe disse, não aceitaria almoçar com ele assim sem mais nem menos, tinha de ter uma boa razão. Mas por agora precisava de dormir, amanha de manha partia para o Porto onde iria acompanhar a equipa do Benfica num jogo com o Boavista. Só a voltou a ver duas semanas mais tarde, telefonou á irmã e desafiou-a para um almoço á beira-rio. Á hora combinada deu-lhe um toque e aguardou por ela junto ao colégio francês, o ateliê onde a irmã trabalhava ficava nas torres das amoreiras. Foi com surpresa que viu Constança vir também almoçar. Dirigiram-se para as docas onde iam aproveitar o dia ameno, o Outono já tinha chegado, os dias de sol rareavam, mas naquele dia estava um sol quente e acolhedor que convidava a uma esplanada. Sentaram-se os três numa pequena mesa, Constança ficou em frente a Tomás e Ana, sentou-se ao lado do irmão. Tomás perguntou á irmã que grande obra estava agora a idealizar enquanto lhe ia dizendo que estava com ideias de comprar uma quinta para construir uma casa. Tinha umas ideias mas queria que a irmã a desenha-se, já tinha visto uns locais e havia um ou dois que o tinham seduzido. Ana, disse-lhe que Constança era uma excelente arquitecta de moradias e vivendas, melhor que ela, que gostava de grandes projectos, grandes obras e não se via muito a desenhar casas para outras pessoas viverem, que não ela. De maneira que Tomás e Constança passaram o resto do almoço a falar das ideias dele para a casa e Constança a dar sugestões ou a dizer que isto ou aquilo não era possível de fazer ou que ficaria demasiado feio, ou caro. Essa conversa abriu a tão desejada porta que Tomás desejava, convidou Constança a visitar com ele os dois potenciais locais para a vivenda e ficou de combinar com ela um dia. Enquanto tomavam café, Ana resolveu interromper o entusiasmo dos dois com o novo projecto e começou a inquirir o irmão sobre as suas conquistas ou como ia o seu trabalho; Ana adorava picar o irmão e não perdia uma oportunidade de o embaraçar, ainda para mais á frente da amiga; mas também gostava do entusiasmo que o irmão sentia pelo trabalho, Tomás sempre quisera ser jornalista desportivo, tinha uma paixão por desporto que era doentia, passava horas a ver desporto mesmo que fosse as 10 da noite ou as 3 da manha, chegava ao cumulo de colocar o despertador para o acordar a meio da noite para seguir algum jogo ou uma prova de fórmula 1. Tinha pensado ser treinador de futebol ou seguir a via desporto mas acabou por se decidir pela paixão de sempre o jornalismo e não foi surpresa nenhuma quando decidiu seguir jornalismo desportivo. Hoje trabalhava num jornal desportivo e fazia comentários numa televisão privada sobre o futebol nacional mas acompanhava outros desportos também, sempre que havia alguma grande prova mundial o irmão estava lá. Tinha estado em grandes competições como os mundiais de Rugby, os jogos olímpicos a Can ou a Copa América. Ana invejava a vida errante do irmão. Tomás desviou o tema das conquistas, não iria engolir o anzol que a irmã lhe tinha lançado e desviou o assunto para o desporto, aproveitou para dizer a irmã que dentro de um par de semanas iria a Angola acompanhar as últimas partidas da selecção angolana no apuramento para o mundial, era a primeira vez que Angola tinha a possibilidade de se qualificar e ele tinha-se oferecido para fazer a cobertura dessa possível façanha. O almoço terminou com uma breve discussão sobre a situação política angolana. Tomás foi levar a irmã e Constança de regresso ao ateliê e aproveitou para combinar com Constança a visita aos locais para a construção da sua moradia.
Posted on: Wed, 26 Jun 2013 09:23:01 +0000

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