No próximo dia 12 de julho a minha mãe estará completando 77 anos de idade, e há 09 anos ela sofre as consequências da doença de Alzheimer. Tenho pensado muito em tudo o que ela me ensinou ao longo da minha vida inteira, e até mesmo agora, quando a enfermidade já lhe roubou a funcionalidade, a identidade, e o seu cognitivo racional. Mesmo assim, ela ainda é um instrumento de lição de vida para mim, porque, entre outras coisas, está me ensinando a ser forte, a extrair de dentro de mim uma força que, até então, eu desconhecia possuir, a suplantar a minha dor para estar ao seu lado, e assustada assistir a dura realidade de uma doença capaz de provocar a degradação do ser humano, até transforma-lo em um corpo vazio. Resta para mim, como filha que nasceu das suas entranhas, dar a ela o meu infinito amor, e torcer para que ela, lá no fundo, no íntimo do seu isolamento, possa ao menos sentir o quanto é amada. Assim como diz a escritora Lisa Gênova : "Quando não há mais certeza possível, só o amor sabe a verdade".
Posted on: Sat, 06 Jul 2013 22:21:25 +0000
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