Novela que não tem fim. Leão chega a comemorar vaga na Série D, mas Genus mela a festa. Decisão sai hoje finalmente. Ainda não foi dessa vez. O torcedor do Remo vai ter que esperar mais um dia para saber se o clube disputará ou não a Série D do Campeonato Brasileiro. No início da noite de ontem, os azulinos chegaram a comemorar a vaga depois que as desistências de Vilhena-RO, campeão rondoniense, e Pimentense, vice-campeão, foram confirmadas oficialmente pela Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER). Houve "festa" nas redes sociais e até disparos de rojões em vários pontos de Belém. Acreditava-se até então que nenhum outro clube de Rondônia aceitaria participar da competição e, diante disso, a vaga seria transferida para a Federação Paraense de Futebol (FPF), que a repassaria ao Remo. No entanto, a má notícia veio logo em seguida. Às 19h01, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) publicou em seu site oficial uma nota confirmando que o Genus, de Porto Velho, havia assumido a vaga na condição de terceiro colocado do Rondoniense. O comunicado trazia em anexo o ofício enviado pela FFER, com as desistências dos dois primeiros colocados e o pedido de inclusão do clube da capital, que já tem estreia marcada para este sábado, às 16 horas, contra o Paragominas, na Arena Verde. Desta forma, o Leão Azul continua sem calendário para o segundo semestre. Contudo, o vice-presidente remista, Zeca Pirão, e o diretor de futebol Maurício Bororó continuam em Porto Velho, tentando reverter a situação. Ontem, eles passaram o dia negociando as desistências de Vilhena e Pimentense, campeão e vice do campeonato estadual. Postura que foi duramente criticada pelo diretor técnico da FFER, João Dalmo, responsável por enviar à CBF a documentação confirmando o Genus como representante de Rondônia na Quarta Divisão. "Nós já enviamos um documento à CBF confirmando a desistência de Vilhena e Pimentense de disputar a Série D. Porém, como manda o regulamento, nós indicamos o terceiro colocado, o Genus, que confirmou interesse e, como já publicado no próprio site da CBF, é o representante do Estado na competição", declarou Dalmo, em entrevista ao site Globoesporte. Investigação - O dirigente, que anunciou uma entrevista coletiva para a manhã de hoje na qual pretende confirmar oficializar a participação do Genus, demonstrou profunda irritação com a pressão exercida pelos dirigentes remistas para que os clubes rondonienses abrissem mão da vaga no certame nacional e adiantou que a Federação local poderá abrir um procedimento administrativo para punir os dois clubes desistentes. "A Federação não compactua com falcatruas dos diretores do Remo. Nós não negociamos vagas, somos honestos, corretos e transparentes. Aqui não tem moleque. No Brasil moderno não existe virada de mesa. Ainda estamos estudando a possibilidade de punir os clubes desistentes por conta da forma obscura como foi relatada essa desistência, até porque eles tinham documentos afirmando que participariam da Série D", disparou João Dalmo. Diretor do Vilhena nega ter recebido propina azulina Principal personagem da polêmica envolvendo as desistências dos clubes de Rondônia, o presidente do Vilhena Esporte Clube, João Carlos Dalanhol, negou que tenha recebido qualquer valor em dinheiro da diretoria do Remo para abrir mão da vaga na Série D do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, a decisão foi motivada única e exclusivamente pela total falta de condições financeiras do clube. "Não, não temos nenhuma questão com o Remo. Não influi em nada o interesse do Remo. Eu estive junto com o presidente do Pimentense para emprestar jogadores, um para outro clube, para que a gente monte um elenco e consiga viajar, mas não temos condições. Não temos nem jogo de camisa para vestir. Não temos roupa de viagem. Ainda tentamos, mas não tem condição nenhuma", declarou Dalanhol. O dirigente disse que até confirmaria a participação na Série D, mas somente se tivesse pelo menos mais um mês para tentar solucionar os problemas financeiros do VEC. Por esse motivo, ele havia pedido à CBF o adiamento de sua estreia na competição. "A gente queria um mês para montar um time, para contratar jogadores diferentes. Tem jogadores do meu clube que faz seis meses que não vão ver a família, com salários atrasados. Não tem como, tem que renovar contrato. O que aconteceu com o Remo, não influiu em nada. Tanto que nós mandamos o documento para representar o Estado e não conseguimos. Se tivesse chegado coisa concreta (dinheiro), de coração, eu não abriria mão", afirmou, em entrevista ao Portal ORM. Parceria - Mesmo negando qualquer negociação com o Remo, Dalanhol admitiu que uma futura parceria com o clube azulino não está descartada. Ele revelou que o clube paraense demonstrou interesse na contração de dois destaques do VEC no Rondoniense. "Eu já tinha falado com o Remo sobre isso, sobre essa parceria. O Dida (goleiro) foi pra lá. A gente estava na frente, na Copa do Brasil. Tenho dois jogadores que apareceram bem no campeonato e o Remo estava interessado em levar, como o Luiz Gustavo e Waltinho. O Remo me convidou para eu visitar e montar uma lista de jogadores para disputar a Copa do Brasil. Foi um representante do Remo, ninguém ligado com à diretoria, mas com autonomia", explicou. FONTE:orm.br/amazoniajornal/
Posted on: Wed, 05 Jun 2013 17:29:09 +0000
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