NÓS E A CRISE DA SAÚDE PÚBLICA ... Criadas para defender os - TopicsExpress



          

NÓS E A CRISE DA SAÚDE PÚBLICA ... Criadas para defender os interesses das diferentes categorias profissionais, as corporações se constituem como instrumentos de grande valia em torno dos trabalhadores, profissionais liberais ou prestadores de serviços. Assim tem sido através dos tempos e hoje temos os sindicatos, as cooperativas e outras entidades de classe. Mas assim como algumas dessas entidades conseguem com poder e prestígio cumprir com a finalidade de proteger e defender os interesses de sua classe e de seus associados, outras, por falta de apoio e de recursos, não o conseguem, e a sociedade em geral não tem, por parte dos poderes constituídos, quem a represente e a proteja com eficácia e dignidade, enquanto o Estado, por outro lado, não quer dar de si fazendo a sua parte. Veja-se o caso da saúde pública. A única forma possível de acabar com essa calamidade em que se encontram os nossos hospitais, muitos deles fechando por falta de condições de atendimento, é, como aliás tem sido sugerido por muita gente, o governo conceder uma ampla e geral anistia de seus endividamentos, e se possível os demais credores fazerem o mesmo ou serem menos intransigentes. Mas o Governo e os credores se recusam a perdoar as dívidas dos hospitais porque entendem que assim estariam beneficiando aqueles que não fazem jus a isso por não saberem administrá-los com acerto e economia. Porém não é justo que por culpa dos maus administradores os profissionais da saúde se submetam a um trabalho escravo e abnegado e os médicos se resignem a trabalhar quase de graça, recebendo essa miserável remuneração que não alcança nem a 10% do valor de uma consulta ou de um procedimento cirúrgico. Daí se justifica que apenas uma pequena parcela dos médicos queira se submeter a isto, pois é inadmissível, como foi constatado e noticiado pela imprensa, que alguns médicos trabalhem mais de 60 horas sem descanso num hospital, enquanto um deputado, ganhando um horror, trabalhe apenas dois ou três dias por semana. Nada lhes obriga a este injusto sacrifício a não ser a sua abnegação pessoal. Portanto, é chegado o momento de sociedade como um todo se mobilizar e fazer valer os direitos do cidadão, eleitor e contribuinte, e exigir do Governo e dos parlamentares que tratem a saúde pública e seus profissionais com o devido respeito e dignidade! E se alguns hospitais devem impostos e encargos previdenciários, o governo bem poderia perdoar ou assumir essas dívidas, em troca dos repasses sonegados, malversados, ou que não foram feitos adequadamente à Saúde. Eu, por exemplo, além de pagar meus impostos e taxas onde estão embutidos os percentuais da saúde, ainda colaboro com a Santa Casa de Misericórdia da minha cidade através da conta de luz e da campanha das farmácias e supermercados. Sei que isso representa menos do que um grãozinho de pó, mas nem por isso vou deixar de me manifestar e de valorizar a minha contribuição. Luciano Machado
Posted on: Wed, 16 Oct 2013 16:30:57 +0000

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