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O Facebook é um lugar mesmo muito curioso. Essa impulsão que as pessoas possuem por contar a vida nos ajuda a pensar muitas coisas. Um sujeito, de minha lista de amigos, não que ele seja exatamente meu amigo, escreveu preocupado. Ele saía do trabalho às 22h e estava preocupado “com a greve dos professores”, no sentido de como ele chegaria a própria casa. O professor, naquele contexto proposto pelo homem, era alguém que inviabilizava o pleno funcionamento da individualidade dele e de todas as outras individualidades da cidade. Esse discurso é muito conhecido, é algo do tipo: “PODE ATÉ PROTESTAR, DESDE QUE NÃO ME ATRAPALHE”. Eles não atentam para o fato de que o protesto tem como um dos principais objetivos “atrapalhar”, e consequentemente chamar atenção, para os problemas de um determinado setor. A greve é a última opção, é a última cartada quando não se é ouvido pelos governantes. Outro medo do sujeito era o “confronto” entre policiais e professores. Espera aí... “Confronto”? Será essa a melhor palavra que a mídia poderia ter usado? Claro que não. Quando uma pessoa mete a porrada na outra, isso é “confronto”? Você não fala que 10 Pit Boys entraram em confronto com um rapaz gay, e que esse último, infelizmente, por estar em menor número saiu ferido, mas você fala, enfim, que Pit Boys deram uma surra, espancaram abominavelmente, lincharam, ou qualquer outro adjetivo que transmita uma atitude violenta, covarde e completamente reprovável. Portanto, amigos, professores e policiais não entraram em confronto, os professores sim levaram uma surra, foram espancados abominavelmente por policiais que pensam que cassetete é massageador (daqueles vendidos no centro do Rio que o camelô fica passando nos outros) e spray de pimenta e bomba de gás lacrimogênio são “Bom Ar”. Lamentável, amigos, lamentável. Triste ver que muitas pessoas parecem ver professores como senhores do tempo e da fortuna, que tudo podem e tudo querem, e que por isso reclamam de barriga cheia, ou simplesmente para “enriquecer” mais do que já “enriqueceram” sendo professores. É impossível viver num espaço onde criminaliza-se a democracia, as liberdades ou quaisquer coisas que o governador ou o prefeito, no alto de suas “soberanias”, decidirem criminalizar. Por isso discute-se tanto o papel da polícia militar e se ela deve acabar ou não (não entrarei nesse mérito). É, no mínimo, um contrassenso, votar, de portas fechadas e sob escolta, um plano de cargos e salários para os professores que esses em sua maioria já rejeitaram (e ainda dar porrada neles). Quando se fala em autoritarismo, amigos, é disso que estamos falando, empurrar goela abaixo desejos e vontades “soberanas” e “incontestáveis” do prefeito e do governador. O professor é chamado de vândalo, pessoas estão morrendo, e você aí, achando que tudo não passa de uma grande palhaçada. Você já está bem grandinho (a) pra entender bem as coisas, não acha?
Posted on: Wed, 02 Oct 2013 22:49:04 +0000

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