O JAVARI PEDE SOCORRO! Em nome da Branca Unan Mayuruna da etnia - TopicsExpress



          

O JAVARI PEDE SOCORRO! Em nome da Branca Unan Mayuruna da etnia Mayuruna da aldeia Fruta Pão, médio rio Curuçá que faleceu pelo acidente ofídico de animais peçonhentos (picada de cobra) em junho de 2010 e das crianças NatalinoDoles Marubo da aldeia Maronal do alto rio Curuçá e Kleberson Maruboda aldeia Boa Vista do médio rio Ituí, ambas pertencente à etnia Marubo que foram mutilados suas pernas pelo mesmo acidente no final do mês de junho desse ano de 2013, estamos lançando UM PEDIDO DE SOCORRO aos amigos e instituições parceiras não governamentais que, sejam solidários com a nossa situação! Numa reunião realizada no dia 26 de julho de 2013, na sede da Coordenação Regional da FUNAI no Vale do Javari com o Ministério Público Federal; com a participação da própria FUNAI; Distrito Sanitário Especial Indígena do Vale do Javari – DSEI JAVARI e com a participação das lideranças indígenas tradicionais e representantes de suas associações, para buscar viabilidade de solução, frente a uma problemática situação de saúde que assola os povos indígenas da região, dentre outras, a falta de soro antiofídico nas aldeias, nos deparamos a partir dos esclarecimentos do Ministério Público Federal e do DSEI que, se depender das barreiras burocráticas e de doutrinas institucionais de órgãos públicos, principalmente da SESAI, as situações de acidentes ofídicos não terão medicação, até que haja uma solução a partir do estudo nos períodos de longo prazo. E a população indígena terá que suportar mais essa mazela, além de sofrerem de hepatites virais, malárias que vem ceifando centenas de vida da população indígena do Vale do Javari. Cabe esclarecer que a população indígena, desde muito tempo, só conhecem a medicação contraveneno (Soro em pó) adquirida na cidade colombiana de Letícia que fica localizada na tríplice fronteira Brasil – Colômbia – Peru. Medicação que não precisa de refrigeração,atualmente está em falta nas aldeias. O órgão responsável pela saúde indígena apresentou seu argumento e apoiado pelo Ministério Público Federal que não existe protocolo para aquisição de tais medicamentos. Por isso, será feito um projeto para SESAI instalar geladeiras alternativas nas aldeias para estocar os soros antiofídicos. E que para realidade da população indígena que vivem numas das regiões mais remota do país, o projeto não procede, em virtude de já ter feito tentativas dessa forma e que não deu resultado por diversos fatores técnicos e dificuldades encontradas no local. As populações indígenas do Vale do Javari estão frustradas e essa situação estimula clima de tensão nas aldeias. De maneira alguma, nós representantes indígenas não queremos passar essa informação para nossas aldeias como uma resposta apresentada pelo órgão, o porquê da falta de tal medicamento. Pois, nossos lideres tradicionais vão contestar que o sistema não é mais importante do que a vida humana que se perde, os membros que são mutilados e os sofrimentos que ainda persistem há décadas e até séculos. Não queremos que tal justificativa relembre aos nossos povos das mortes que ocorreram em função das dificuldades de receber atendimento adequado e que hoje ainda há fortes lembranças de seus entes queridos. Não queremos reavivar na memória desses povos, uma história de dizimação de grupos étnicos que desapareceram em função das doenças contagiosas e de confrontos com invasores. Diante de todos esses contextos, pedimos das entidades nacionais e internacionais que façam uma obra de caridade para população indígena do Vale do Javari, fazendo doação de soro antiofídico que custa em torno de R$ 130,00 (cento e trinta reais) cada ampola na cidade de Letícia, em nome da Branca Unan Mayuruna, que sofreu até as últimas consequências, o Walmir Cruz Marubo que perdeu um de seus membros e que luta há mais de treze anos para renovar sua prótese, as crianças Natalino Doles Marubo e Kleberson Marubo que recentemente perderam seus membros. E que com certeza, tal situação mudou o destino de cada uma delas. Uma vez que não terão condições de caçar e praticar atividades tradicionais que cada criança indígena exercita para seu amadurecimento. Lembrando que uma dessas crianças é filho de mãe solteira. Pedimos a solidariedade de todos e nos ajudem a divulgar essa mensagem, pela qual estamos pedindo doação do soro antiofídico. Manoel Barbosa da Silva (Chorimpa) Etnia Marubo
Posted on: Wed, 31 Jul 2013 12:16:54 +0000

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