O PERIGO DO SÉCULO XX NÃO É O DE SERMOS ESCRAVOS, MAS ROBOTS - TopicsExpress



          

O PERIGO DO SÉCULO XX NÃO É O DE SERMOS ESCRAVOS, MAS ROBOTS (Erich Fromm) Quando falamos do tédio, as pessoas pensam, naturalmente, que êle não é agradável, mas não o consideram como problema sério. Estou convencido de que o #tédio é uma das maiores #torturas. Se tivéssemos de imaginar o Inferno, para nós seria o lugar onde estivéssemos continuamente entediados. Na verdade, as pessoas fazem um esfôrço fanático para evitar o tédio, correndo de uma coisa para a outra, porque tal sensação é insuportável. Quem tem a “sua” neurose e o “seu” analista, isso o ajuda a sentir-se menos entediado. Mesmo que tenha ansiedade e sintomas compulsivos, estes pelo menos são interessantes. Na verdade, estou convencido de que uma das motivações dessas coisas é a fuga ao tédio. Creio que a frase “o homem não é uma coisa” constitui o tópico central do problema ético do homem moderno. O #homem não é uma #coisa, e, se tentarmos transformá-lo nisso, podemos arruiná-lo. Ou, citando Simone Weil: “O poder é a capacidade de transformar o homem numa coisa porque transformamos um ser vivo num cadáver.” O cadáver é uma coisa. O homem, não. O poder final – o poder de destruir – é exatamente o poder final de transformar a vida numa coisa. O homem não pode ser montado e desmontado novamente, como as coisas. A coisa é previsível, o homem não. A coisa não pode criar, o homem pode. A coisa não tem eu, o homem tem. O homem tem a capacidade de dizer a palavra mais peculiar e difícil da língua, “eu”. divagacoesligeiras.blogspot.br/2013/10/o-perigo-do-seculo-xix-foi-o-de-nos.html
Posted on: Mon, 21 Oct 2013 14:00:35 +0000

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