O QUE DEVERIA IMPORTAR NOS OUTROS Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Esta foi a pergunta que Natanael fez quando uns amigos lhe apresentaram Jesus. Jesus era de Nazaré, um lugarejo de 400 habitantes. Natanael conhecia Nazaré e sabia que ela nunca dera um herói à pátria. Natanael conhecia os moradores de Nazaré e não reconhecia neles virtudes que lhe chamassem atenção. Natanael, nesse momento da história, não se dispôs a ver Jesus como uma pessoa ou a ouvir Jesus, para, então, tirar alguma conclusão. Pela procedência geográfica de Jesus, fez seu julgamento. Fazemos a mesma pergunta quando olhamos para um deficiente físico e não vemos nele um ser humano capaz de fazer muitas outras coisas, algumas melhores do que os que têm todo o corpo perfeito. Agimos do mesmo quando classificamos as pessoas em boas ou más, honestas ou desonestas, trabalhadoras ou preguiçosas a partir da cor de sua pele. Temos a mesma atitude quando nos deixamos levar por estereótipos (do tipo "todo paulista é antipático", "todo judeu é inteligente", "todo chinês é ladrão", "todo índio é preguiçoso", "todo político é corrupto", "todo jovem é autossuficiente") sem permitir que elas sejam o que são. Como seus amigos insistissem, Natanael deu uma chance ao nazareno, que transformou radicalmente a sua vida. Então, talvez Natanael tenha se lembrado que ele mesmo era de Caná, uma aldeia tão insignificante quanto Nazaré. Nós não somos o que nós somos e não o que as pessoas acham? Elas também.
Posted on: Thu, 08 Aug 2013 14:55:39 +0000
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