O QUE HÁ DE ESPECIAL NO ARQUIPÉLAGO POPULAÇÃO – A - TopicsExpress



          

O QUE HÁ DE ESPECIAL NO ARQUIPÉLAGO POPULAÇÃO – A população de Femando de Noronha dos dias atuais vem de quase todos os estados brasileiros e mesmo em outros paises. Descendentes de presos comuns, remetidos para Noronha entre 1737 e 1938; presos políticos, que aí viveram entre 1938 e 1942, de militares do território federal, que comandaram a ilha entre 1942 e 1988, acrescida de pessoas que vieram prestar algum serviço ou como turista e aí permaneceram. Esses são ilhéus, os residentes, que moram e trabalham em setores diversos, no arquipélago. AVES MARINHAS - Espetáculo à parte são as aves marinhas, sendo Femando de Noronha abrigo para as maiores colônias desses animais no Atlântico Sul Tropical. Há quatro espécie aparentemente dos pelicanos: mumbebo branco-grande (Suladactylatra), mumbebo marrom (Sula Leucogaster), mumbebo-de-pata-vermelha (Sula sula), e acatraia (Fregata magnificens). Os rabos-de-junco, do tipo “bico amarelo” (Phaeton lepturus), e do tipo “bico vermelho” (Phaeton aethereus), encantam por suas caudas extremamente alongadas e graciosidade no vôo. Destaque também para as espécies chamadas “viuvinha”, sendo a mais comum a “viuvinha preta” (Anous minutus), que constrói os ninhos sobre árvores e buracos nas escarpas, a partir de algas coletadas na superfície d’água. Ressalte-se, também, a “viuvinha branca” ou “noivinha” (Gygis Alba), ave imaculadamente branca, cuja postura de ovo é feita na forquilha de um galho. Aves migratórias chegam ao Arquipélago para descansar e se alimentar, após longo percurso desde o Hemisfério Norte. São doze espécies de maçaricos e batuíras, sendo o “vira-pedra” (Arenaria interpress) o mais comum. GOLFINHOS ROTADORES – Comuns em Fernando de Noronha, os golfinhos rotadores (Stenella longirostris), podem ser vistos do mirante da enseada do Carneiro da Pedra, turisticamente conhecida como Baía dos Golfinhos, ou durante um passeio de barco na área próxima à Baia. Diariamente ao nascer do sol, grupos de golfinhos rotadores deslocam-se para o interior da Baía, uma área de águas calmas e protegidas. TARTARUGAS MARINHAS - Duas espécies de tartarugas marinhas freqüentam as águas do arquipélago. A “tartaruga verde” ou “aruanà” (Chelonia mydas), sobe as praias para desovar entre dezembro e maio, e a “tartaruga-de- pente” (Eretmochelys imbricata), que é uma espécie altamente ameaçada em outras partes do Brasil, devido a pesca para a utilização das vistosas e brilhantes placas de sua carapaça para confecção de armação de óculos, pentes e bijuterias, somente é encontrada em Noronha no ambiente marinho, não subindo às suas praias para desovar. FAUNA TERRESTRE – Pelo seu isolamento geográfico, Femando de Noronha não teve oportunidade de ser colonizada em sua parte terrestre por grandes mamíferos, a não ser aqueles que foram levados pelo homem. Apesar de pobre quantitativamente, a fauna noronhense tem o seu endemismo, isto é, espécie que só ali ocorrem: a lagartixa mabuia (Mabuya maculata), e a “cobra-de-duas-cabeças” (Amphisbaena ridleyana), que não é cobra, mas um tipo de minhoca e nem tem duas cabeças. Há também o sebito (Vireo gracialistostris), um passarinho insetívoro e de grande docilidade, a arribaçã ou a pomba-avoante (Zenaíde auriculata Noronha), além da cocuruta (Elaenia spetabilis ridleyana). FAUNA MARINHA - A parte marinha do Arquipélago de Fernando de Noronha é considerada intacta, não revelando as marcas da ação do homem, que tanto descaracterizou sua parte terrestre. Mergulhando-se nas praias e baías tem-se a visão dos espetáculos de cores e movimento de algas, esponjas, corais, lagostas e peixes. Em águas rasas, como nas piscinas da Baía dos Porcos, da Ponta das Carracas, praias de atalaia e ‘do Leão, são abundantes os peixes coloridos (sargento ou saberé, cocoroca ou xira, donzela-de-rocas e moréia). Em águas um pouco mais profundas, avistam-se peixes como o frade, o budião, a mariquita, o cirurgião, a piraúna e o borboleta, todos “residentes” no arquipélago. Ainda são facilmente vistos cações, principalmente o pacífico lambarú ou lixa, além de arraias. Cardumes de barracudas (bicudas), e atins, provenientes de outras áreas do Atlântico, encostam nas praias e no estorso em busca de sardinha. A NATUREZA - Fernando de Noronha possui um clima tropical, com estação seca bem marcada e franco domínio oceânico, manifestado na pequena variação da temperatura média anual. O período chuvoso se estende de fevereiro a julho, com precipitação média de 1.300 mm, com as chuvas mais intensas concentradas de março a maio. De agosto a janeiro ocorre o período de estiagem. A Temperatura média está em torno de 25,4°C, sendo a temperatura média máxima de 31°C e a temperatura média mínima de 18°C. Os ventos, soprando predominantemente de sudeste, tem velocidade de cerca de 24Km/h, o que a sensação climática no arquipélago bastante agradável. Formados a partir de rochas vulcânicas, os solos de Fernando de Noronha têm coloração marrom ou avermelhada, com profundidade variada, textura predominantemente argilosa, com fraca drenagem superficial e excelente fertilidade. A vegetação predominante em Fernando de Noronha é composta por espécies subxerófilas do tipo do agreste nordestino, que perdem parte de sua folhagem na estação seca. Nas regiões onde ocorrem elevações e planaltos podem ser encontradas espécies arbóreas se estendendo por áreas relativamente grandes como na parte sudoeste da ilha principal (Ponta da Sapata). Aí remanescem atualmente os 5% da vegetação original do arquipélago, denominada de mata atlântica insular. Na vegetação secundária destacam-se, entre outras, as seguintes plantas: mata-pasto (Casssia sp), pinhão (Jatropha curcas), burra-Ieiteira (Sapium sceleratum), jurubeba (Solanum maculaturn), diversos capins, anil de campo (Indigofora tinctoria), mimosa (Mimosa pudica) e chumbinho (Lantana brasiliesis). ORIGEM GEOLÓGICA – Há aproximadamente 12 milhões de anos, do fundo do Oceano Atlântico, a partir de uma cadeia de montanhas submersas chamada de Meso-Atlântica, iniciou-se uma série de erupções vulcânicas, que constituíram com suas lavas uma enorme montanha, cujo topo, ou parte acima das águas, é o que conhecemos como Femando de Noronha. A base desta montanha se situa a 4000 metros de profundidade e tem 60 km de diâmetro. GEOGRAFIA – O arquipélago se situa a 360 km de Natal, 710 km de Fortaleza e 545 km de Recife. São ao todo 21 ilhas ou ilhotas, com área total de 26 km2. As principais são: 1. Femando de Noronha, que dá o nome ao arquipélago, tem 17 km2 e é a única que vem sendo regularmente habitada desde a colonização; 2. Rata, segunda em tamanho, 8 km2,já foi habitada por faroleiros, pescadores e mineradores de fosfato; 3. Sela Gineta; 4. Rasa; 5. Ilha do Meio; 6. São José, onde os colonizadores portugueses construíram uma fortaleza no seu topo; 7. Morro de Fora ou Ilha da Conceição; 8. Dois Irmãos; 9. Ilha do Leão; 10. Ilha da Viuvinha; II. Ilha do Chapéu; 12. Cabeluda; 13. Ilha do Frade. Femando de Noronha tem sua maior extensão na direção leste-oeste, entre o Pontal da Macaxeira (na Ilha Rata), e a Ponta da Sapata (na ilha principal), com cerca de 15 km. Na direção norte-sul, o arquipélago, em sua maior largura, tem aproximadamente 4 km, na parte central da ilha principal.
Posted on: Tue, 01 Oct 2013 23:34:02 +0000

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