O QUE É O PERDÃO? Perdão é um processo consciente - TopicsExpress



          

O QUE É O PERDÃO? Perdão é um processo consciente voluntário de extinguir um sentimento de raiva, rancor, mágoa, ódio, diante de alguém que tenha cometido grave falta ou grande mal a nós mesmos ou a alguém de nossa afeição. O perdão deve ser sincero para surtir o efeito desejado. Quando ele é consumado apenas por uma obrigação moral, social ou religiosa, ele não nos proporciona bem quase nenhum. O perdão espontâneo é totalmente livre de qualquer ideia de compensação pelo erro cometido. Ou seja, aquele que perdoa não sente mais a necessidade de ver o outro sendo punido, pois não sente mais qualquer desejo de retaliação. O verdadeiro perdão é reconhecido não apenas por palavras vãs, mas por atitudes e pelo exemplo. No sentido que atribuímos dentro da TVP, o perdão não tem qualquer conotação religiosa ou sectária. A função do perdão na Terapia de Vidas Passadas é muito simples. Perdoar o desafeto ou a nós mesmos é uma atitude de libertação. Não devemos confundir o ato do perdão com o esquecimento do evento. O esquecimento não apaga as mágoas, o rancor e o sofrimento, mas apenas os apaga temporariamente de nossa consciência. Mas tão logo seja possível, muitas vezes desencadeado por fatores similares ao original, a emoção destruidora do rancor, mágoa, ressentimento e outros sentimentos associados podem manifestar-se e causar estragos enormes. Como diz Divaldo Franco “O perdão, durante muito tempo, foi uma proposta evangélica da Teologia. Fazia parte das doutrinas e das virtudes teologais. Hoje, o perdão é terapêutico. Quem perdoa é saudável, quem não perdoa gera moléculas que agridem o sistema imunológico”. O perdão não é apenas uma exigência religiosa ou social, é uma necessidade terapêutica para nossa saúde e bem estar. Revidar o mal com mais mal só aumentará nossa angústia, e em nada amenizará nosso sofrimento. A vingança só aumenta o mal que já recai sobre nós e pode ainda se traduzir em males físicos e psíquicos. O perdão é uma demonstração inequívoca de amadurecimento espiritual. Ele eleva o ser humano e desperta sua consciência. O perdão é puro; a vingança é impura e lamacenta. Por outro lado, o perdão não deve servir de desculpa para uma pessoa permanecer num contexto que a prejudique físico e emocionalmente. Por exemplo, uma mulher se casa com um homem, e ao longo dos anos ele começa a espancá-la com frequência. Ela, porém, afirma que não deixará esse homem por que ela o perdoa de todo o mal feito. Essa atitude não é de perdão; neste caso, o perdão está sendo usado como um subterfúgio para a mulher não enfrentar a violência de seu marido e deixar as coisas como está, por comodismo ou por lhe faltar força para tomar a decisão de se divorciar. Neste caso, essa mulher não precisa continuar neste casamento, ela pode sair dele e buscar uma vida melhor, mesmo que isso implique na renúncia de alguma estabilidade. Nesse sentido, aquele que perdoa deve, muitas vezes, afastar-se da pessoa que lhe infligiu algum mal, para que não seja constantemente acometida por desagravos e sofrimentos. Afastar-se pode ser uma questão de sobrevivência, ou de manter nossa estabilidade psicológica. Aquele que abandona a si mesmo em circunstâncias de sofrimento, com a desculpa de que está perdoando o outro, na verdade está acomodada ao mal a ele é direcionado, e precisa aprender, em primeiro lugar, a amar a si mesmo e se respeitar. O perdão abre as portas da nossa carceragem psíquica, ele não deve ser um reforço nas celas. O perdão solta as amarras do passado; liberta-nos dos sentimentos que nos corroem internamente. O perdão, na TVP, tem uma finalidade terapêutica. Ele fortalece o sistema imunológico, pois transmuta os sentimentos negativos que antes estavam impregnados dentro de nós, nos causando toda sorte de sintomas físicos e psíquicos. Quem perdoa não conserva os maus sentimentos, mas liberta-se daquilo que nos aprisionava. Durante o processo de cura na TVP, pode-se colocar vítima e algoz frente a frente como forma de dissolver suas diferenças e se buscar um entendimento mútuo. Ensinam algumas tradições espirituais, que o perdão e o arrependimento têm poder para neutralizar uma parte de nosso karma passado. Perdoar um agressor é também compreender que assim como nosso algoz nos fez mal e possui seus erros, muitas vezes podemos ter cometido erros semelhantes ou até piores com ele ou outros indivíduos. Perdoar é aceitar o estado humano sujeito a ignorância, limites e imperfeições. Diz Emmanuel, no livro “Pensamento e Vida”, através de Psicografia de Chico Xavier “Perdoar é olvidar a sombra, buscando a luz”. E também “o perdão será sempre profilaxia segura, garantindo, onde estiver, saúde e paz, renovação e segurança”. Assim perdoar, além de ser “o melhor remédio” como disse Allan Kardec, é “uma grande conquista da alma”, como diz Chico Xavier, no livro “Cinquenta Anos Depois”. Autor: Hugo Lapa
Posted on: Fri, 18 Oct 2013 12:14:08 +0000

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