O SOM DO VAZIO Certa vez me visitou o silêncio e ao erguer o - TopicsExpress



          

O SOM DO VAZIO Certa vez me visitou o silêncio e ao erguer o meus olhos para ver de onde vinha o forte barulho surdo, não adiantou de nada, apesar de tocar não posso ver a densa escuridão como no meio do sono da morte. Os meus gritos feriram o meu coração enquanto de boca fechado eu estava prendendo todo o ar de minha indignação. Quase agonizando de solidão no meio da multidão e entre todas as oportunidades do mundo. Eu já não tinha mais pelo que decidir ou lutar, regia tateando a minha própria vida e tudo deixou de ser por onde eu estive e não me acho por onde eu caminho, quando tudo o que eu toco se tornam pedras de carvão insignificantes num espaço onde quem domina é a frieza. Se fossem de ouro os meus cabelos, ainda assim, nem um valor eles teriam. Antes que tocasse alto essa surda canção eu valorizava todas as cores, as rimas, as melodias, o romantismo, o amor... E quando quis manifestar um desejo, me fugiu o mundo ao tocar os meus pés no solo e já não ouço os meus próprios passos. Então me perdi do meu caminhar natural, de minhas caladas palpitações, eu já não me recordo os nomes das cores e nem sei mais quantas são. O que me resta é o totalizar da morte para que me apague a consciência da meia vida no meio de uma longa e desesperançosa madrugada silenciosamente plena e absurdamente escura. Thiago Andrade Silva
Posted on: Mon, 02 Dec 2013 04:15:17 +0000

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