O SÚBITO DESPERTAR DO SAMURAI DANIEL GOLEMAN, PHD INTELIGÊNCIA - TopicsExpress



          

O SÚBITO DESPERTAR DO SAMURAI DANIEL GOLEMAN, PHD INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - A TEORIA REVOLUCIONÁRIA QUE REDEFINE O QUE É SER INTELIGENTE EDITORA OBJETIVA 42ª EDIÇÃO BUSCANDO A CIÊNCIA COMO GUIA PARA UMA VIAGEM PELOS DESCAMINHOS DA MENTE HUMANA, GOLEMAN PROCURA PROVAR QUE, EMBORA HAJA PONTOS QUE DETERMINAM O TEMPERAMENTO, MUITOS DOS CIRCUITOS CEREBRAIS SÃO MALEÁVEIS E PODEM SER TRABALHADOS. PORTANTO, TEMPERAMENTO NÃO É DESTINO. CONHECE-TE A TI MESMO Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez desafiou um mestre Zen a explicar o conceito de céu e inferno. Mas o monge respondeu-lhe com desprezo: - Não passas de um rústico... não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia! Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando da bainha a espada, berrou: - Eu poderia matar-te por tua impertinência. - Isso respondeu calmamente o monge, é o inferno. Espantado por ver a verdade no que o mestre dizia da cólera que o dominara, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a intuição. - E isso - disse o monge - é o céu. IMAGEM: SAMURAI A súbita consciência do samurai para seu estado de agitação ilustra a crucial diferença entre alguém que se vê presa de um sentimento e tomar consciência de que está sendo arrebatado por ele. A recomendação de Sócrates - "Conhece-te a ti mesmo" - dirige-se a essa pedra de toque de inteligência emocional: a consciência de nossos sentimentos quando eles ocorrem. À primeira vista, pareceria que nossos sentimentos são óbvios; uma reflexão mais demorada nos lembra as vezes em que fomos demasiado indiferentes ao que de fato sentimos sobre uma coisa, ou despertamos para esses sentimentos tarde demais. Os psicólogos usam o termo um tanto pesado metacognição para referir-se à consciência do processo de pensar, e metaestado de espírito para a consciência de nossas emoções. Eu prefiro o termo autoconsciência, no sentido de permanente atenção a nossos estados interiores. Nessa consciência auto-reflexiva, a mente observa e investiga a própria experiência, induindo as emoções. Esse tipo de consciência é semelhante ao que Freud denominou de "escuta flutuante", e que recomendou aos que queriam ser psicanalistas. Este tipo de atenção é capaz de registrar, com imparcialidade, tudo que passa pela consciência, atuando como testemunha interessada mas não reativa. Alguns psicanalistas a chamam de "ego observante", uma capacidade de autoconsciência que permite ao analista monitorar suas reações diante do que o paciente relata, e que o processo de livre associação alimenta no paciente. Essa autoconsciência pareceria exigir um neocórtex ativado, sobretudo as áreas da linguagem, sintonizado para identificar e nomear as emoções despertadas. A autoconsciência não é uma atenção que se deixa levar pelas emoções, reagindo com exagero e amplificando o que se percebe. Ao contrário, é um modo neutro, que mantém a auto-reflexividade mesmo em meio a emoções turbulentas. William Styron parece descrever alguma coisa semelhante a essa faculdade da mente, ao escrever sobre sua profunda depressão, quando fala da sensação de "estar sendo acompanhado por um segundo eu - um observador fantasmagórico que, não partilhando a demência de seu duplo, pode ficar observando com desapaixonada curiosidade enquanto o companheiro se debate". No melhor de si, a auto-observação permite exatamente essa consciência equânime de sentimentos arrebatados ou turbulentos. No mínimo, manifesta-se simplesmente como um ligeiro recuo da experiência, um fluxo paralelo de consciência que é "meta": pairando acima ou ao lado da corrente principal, mais consciente do que se passa do que imersa e perdida nele. É a diferença entre, por exemplo, sentir uma fúria assassina contra alguém e ter o pensamento auto-reflexivo: "O que estou sentindo é raiva", mesmo quando se está furioso. Em termos da mecânica neural da consciência, essa sutil mudança de atividade mental presumivelmente avisa que os circuitos neocorticais estão monitorando ativamente a emoção, primeiro passo para adquirir algum controle. Essa consciência das emoções é a aptidão emocional fundamental sobre a qual se fundam outras, como o autocontrole emocional. Autoconsciência, em suma, significa estar "consciente ao mesmo tempo de nosso estado de espírito e de nossos pensamentos sobre esse estado de espírito", nas palavras de ]ohn Mayer, psicólogo da Universidade de New Hampshire que, com Peter Salovey, de Yale, é um dos co-formuladores da teoria da inteligência emocional. A autoconsciência pode ser uma atenção não reativa e não julgadora de estados interiores. Mas Mayer acha que essa sensibilidade também pode ser menos equânime; os pensamentos típicos que revelam a autoconsciência incluem "Não devo me sentir assim", "Vou pensar em coisas boas para me animar" e, numa autoconsciência mais restrita, o pensamento passageiro "Não pense nisso", em relação a alguma coisa muitíssimo perturbadora. Embora haja uma distinção lógica entre estar consciente dos sentimentos e agir para mudá-los, Mayer constata que, para todos os fins práticos, as duas em geral se combinam: reconhecer um estado de espírito negativo é querer livrar-se dele. Esse reconhecimento, porém, é distinto das tentativas que fazemos para evitar agir com base num impulso emocional. Quando dizemos "Pare com isso!” a uma criança cuja raiva a levou a bater num companheiro de brincadeiras, podemos deter o espancamento, mas a raiva continua. Os pensamentos da criança ainda estão fixados na causa da raiva - "Mas ele roubou meu brinquedo!” - e a raiva continua do mesmo jeito. A autoconsciência tem um efeito mais potente sobre sentimentos fortes, de aversão: a compreensão "O que estou sentindo é raiva" oferece um maior grau de liberdade - não apenas a opção de não agir com base na raiva, mas a opção extra de tentar se livrar dela. Mayer constata que as pessoas tendem a adotar estilos típicos para acompanhar e manejar suas emoções. · Autoconsciente. Consciente de seus estados de espírito no momento em que ocorrem, essas pessoas, compreensivelmente, têm uma certa sofisticação em relação a suas vidas emocionais. A clareza com que sentem suas emoções pode reforcar outros traços de personalidade: são autônomas e seguras de seus próprios limites, gozam de boa saúde psicológica e tendem a ter uma perspectiva positiva da vida. Quando entram num estado de espírito negativo, não ruminam nem ficam obcecadas com isso e podem sair dele mais cedo. Em suma, a vigilância delas ajuda-as a administrar suas emoções. · Mergulhadas. São pessoas muitas vezes inundadas por suas emoções e incapazes de escapar delas, como se seus estados de espírito houvessem assumido o controle. São instáveis e não têm muita consciência dos próprios sentimentos, de modo que se perdem neles, em vez de ter alguma perspectiva. Em conseqüência, pouco fazem para tentar escapar a esses estados de espírito negativos, achando que não têm controle sobre sua vida emocional. Muitas vezes se sentem esmagadas e emocionalmente descontroladas. · Resignadas. Embora essas pessoas muitas vezes vejam com clareza o que estão fazendo, também tendem a aceitar seus estados de espírito e, portanto, não tentam mudá-los. Parece haver dois ramos do tipo resignado: os que estão geralmente em bons estados de espírito e por isso pouca motivação têm para mudá-los e os que, apesar de verem com clareza seus estados de espírito, são susceptíveis aos maus e os aceitam com uma atitude de laissez-faire, nada fazendo para mudá-los, apesar da aflição que sentem - um padrão encontrado entre, digamos, pessoas deprimidas que se resignam ao seu desespero. (O TEXTO ACIMA, DE DANIEL GOLEMAN, ESTÁ NO CAPÍTULO 4 DA PARTE 2 DO LIVRO. PÁG 59 DA 42ª EDIÇÃO) SOBRE O LIVRO: Inteligência é emocão. QI não é destino. O fascinante e convincente livro Inteligência Emocional, de Daniel Goleman revela que a nossa visão sobre este assunto ainda é muita estreita. Ao contrário do saber científico que dominou o mundo ocidental no últimos séculos, Daniel Goleman revoluciona conceitos mostrando que o QI de uma pessoa não é garantia de sucesso e felicidade. No Brasil, o livro de Goleman tornou-seu um verdadeiro fenônemo editorial com mais de 400 mil exemplares vendidos. Utilizando inovadoras pesquisas cerebrais e comportamentais, Goleman, PhD pela Universidade de Harvard, mostra porque pessoas de QI alto fracassam e outras, cujo quociente é mais modesto, apresentam uma trajetória de vida de sucesso. O livro de Goleman ainda derruba um outro tabu: o mito de que a inteligência seria determinada pela genética. Para o cientista, a inteligência está ligada à forma como negociamos as nossas emoções. A inteligência emocional seria esta capacidade de autoconsciência, controle de impulsos, persistência, empatia e habilidade social. A tese de Goleman está baseada numa síntese original, feita a partir de pesquisas e recentes descobertas sobre o funcionamento do cérebro. Ele mostra como a inteligência emocional pode ser alimentada e fortalecida em todos nós, principalmente na infância, período no qual toda a estrutura neurológica encontra-se em formação.
Posted on: Wed, 07 Aug 2013 15:59:14 +0000

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